CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
hoje morri
Hoje morri
Enquanto a luz da manhã, me percorria, devagar.
A onda imensa, inesperada
Que só eu não vi chegar.
Castelo de areia, ruína desfeita,
A mais bela ilusão.
Resquícios de mim.
Restos mortais de mim…
Foste a estátua perfeita.
Areia, por entre os meus dedos
Derrotados.
Quis juntar-te as cinzas. Reconstruir-te.
Salvar-te do tornado que nos devastou.
Estrela cadente.
Estrela extinta nos meus olhos.
A distancia segura que de mim te levou.
A bala perdida, que não pudeste evitar.
(É o teu nome que eu chamo, a tua voz que me embala…
É a ti que não espero, nem vou procurar).
No fundo do abismo, despedaçada
Alma sepultada, sem nada a perder.
Sou gruta encerrada,
Até que os meus olhos
Aprendam a ver na escuridão – de não te ver.
Meu amor em pedaços, (se ainda sinto os teus braços…)
Deserto de ti, para em mim me perder…
Que as lágrimas do tempo, lavem de nós o infinito.
Amanheceu.
E o Sol brilhou mais, porque ias chegar…
(indiferente a esta dor, continua a brilhar)
Mas tu não estas aqui.
E não vais voltar.
Nosso karma quebrado, para sempre a sangrar
Pelo que não vivemos,
Tudo o que ficou, tudo o que perdemos.
Que o nosso amor mutilado, escorra em silêncio
Pelas paredes da muralha do meu ser inanimado.
Caminho irreversível, destino adiado.
Rasgaste hoje a minha vida – páginas da tua vida.
Apocalipse de sonhos, cinzas, solidão.
Meu herói inventado, príncipe encantado, amor de perdição.
Sepulta-me agora, no último capítulo.
Que o meu fantasma transparente
Te abrace todas as noites
E não te deixe esquecer…
Abandonaste-te à sorte,
Para não naufragar.
Desistes de mim. Desistes de ti.
Salvaste-me a vida – eterna condenação
A uma existência vazia.
Livre da maldição que a esperança se tornou,
A memória assassina, é o último beijo de dois condenados.
O tempo não passou…
…ficou parado, o tempo.
E o dia amanhece,
E a vida acontece,
Ninguém se apercebe, de que o mundo acabou.
Hoje foi o dia em que o Sol se apagou.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1836 leituras
Add comment
other contents of JillyFall
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | miragem | 8 | 1.443 | 12/10/2011 - 15:27 | Português | |
Prosas/Contos | Oásis | 0 | 1.490 | 07/09/2011 - 01:08 | Português | |
Prosas/Contos | Madrugada | 2 | 1.709 | 07/08/2011 - 00:31 | Português | |
Prosas/Contos | Estrela da Manhã | 2 | 2.343 | 04/19/2011 - 21:21 | Português | |
Prosas/Contos | Estrela da Manhã | 0 | 2.372 | 04/15/2011 - 03:16 | Português | |
Fotos/ - | 942 | 0 | 2.963 | 11/23/2010 - 23:37 | Português | |
Anúncios/Outros - Precisa-se | angariador de publicidade à comissão | 0 | 3.153 | 11/19/2010 - 14:38 | Português | |
Poesia/Aforismo | fuga | 0 | 1.970 | 11/17/2010 - 17:31 | Português | |
Poesia/Fantasia | saudade | 0 | 2.983 | 11/17/2010 - 17:31 | Português | |
Poesia/Geral | fuga | 0 | 2.703 | 11/17/2010 - 17:31 | Português | |
Poesia/Amor | era uma vez... | 7 | 1.947 | 03/28/2010 - 16:44 | Português | |
Prosas/Contos | A Borboleta | 1 | 1.659 | 03/28/2010 - 10:47 | Português | |
Poesia/Amor | viagem | 2 | 1.690 | 03/27/2010 - 03:04 | Português | |
Poesia/Amor | diz-me.. | 2 | 1.672 | 03/27/2010 - 02:58 | Português | |
Poesia/Meditação | think pink! | 2 | 1.850 | 03/04/2010 - 15:11 | Português | |
Poesia/Geral | reflexo | 3 | 1.851 | 03/04/2010 - 12:49 | Português | |
Poesia/Amor | disseste | 6 | 1.847 | 03/04/2010 - 12:28 | Português | |
Poesia/Amor | papagaio de papel | 3 | 1.584 | 03/03/2010 - 15:47 | Português | |
Poesia/Tristeza | melodrama | 3 | 1.728 | 03/03/2010 - 15:36 | Português | |
Poesia/Dedicado | hoje morri | 5 | 1.836 | 03/03/2010 - 15:07 | Português | |
Poesia/Dedicado | dia de rosas vermelhas | 6 | 1.673 | 03/03/2010 - 15:03 | Português | |
Poesia/Dedicado | manhã | 7 | 1.343 | 03/03/2010 - 14:14 | Português | |
Poesia/Amor | estranho poder.. | 4 | 986 | 03/03/2010 - 14:13 | Português | |
Poesia/Amor | paramos de fingir? | 8 | 1.457 | 03/02/2010 - 17:26 | Português | |
Poesia/Amor | do outro lado do abismo | 5 | 937 | 03/02/2010 - 15:49 | Português |
Comentários
Re: hoje morri
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)
Re: hoje morri
Todos os dias o sol se apaga
e todos os dias renasce.
Os poemas ficam.
bjs
Re: hoje morri P/Jilly
"hoje morri"...
Vives e como vives na ascese das tuas palavras...
Hoje o sol quebra-se em ti..
beijo
Re: hoje morri
Há dias assim, acordamos num dia em que o sol não acorda, um mar de trevas se estende no horizonte do nosso olhar e o mundo parece acabar.
mas há lamber as feridas,nascer de novo. Ninguém nasce sem dor e por muito que nos doa o sol continua a brilhar, o mundo a girar...só temos que aproveitar.
um dia de cada vez parece-me bem...a ti não?
Beijo
Re: hoje morri
"É difícil amar aqueles que não estimamos, mas é mais difícil ainda amar aqueles que estimamos mais do que a nós mesmos."
(François de La Rochefoucauld)
“O tempo não passou…
…ficou parado, o tempo.
E o dia amanhece,
E a vida acontece,
Ninguém se apercebe, de que o mundo acabou.
Hoje foi o dia em que o Sol se apagou. “
O Sol nunca se apaga, simplesmente, descansa algum tempo para no dia que vem a seguir iluminar os caminhos com mais intensidade...e quando descansa existe a Lua, brilhante, dando ao ser o seu luar. Tristemente belo este poema.Abraços