CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Leap of faith...
Fecha os olhos...
Deixa-te cair para trás...
O amor é um imenso mundo
onde a gravidade não comanda...
Tens coragem?
É uma queda de fé,
confiança cega,
uma demanda de entrega...
Não podes ser margem amor,
tens de ser maré e onda enrolada
e agua agitada em fúria...
Deixa-te cair,
sem pestanejar,
sem abrir o olho para espreitar,
sem virar a cabeça,
aconteça o que acontecer...
Só a ti cabe a escolha de te deixares cair,
sem medo,
num mergulho de costas...
Sem saber se a água é turva, cristalina,
negra como carvão, ou apenas chão duro...
No amor e no sonho não há guião a seguir...
Tens de deixar acontecer,
tens de dar a mão e deixares-te guiar...
De vendas nos olhos em solos flutuantes,
inconstantes e desnivelados...
Ponderar é castrar,
é ser infiel
é ser indigno...
É ser incapaz...
Deixa-te cair para trás...
O amor não se pondera,
nem se espera, nem se equaciona...
É tempestade que não figura nos bolhetins meteorológicos...
Os lógicos, os racionais, não amam, nem sonham...
Deixa-te cair para trás!
Num imenso abismo de ti mesmo,
onde és tudo o que sempre quiseste ser e nunca ousaste...
Sente-te a fluir por todos os poros,
sem rótulos, sem racionalidades supérfluas,
sem indecoros mascarados de covardia...
Amanha?
No futuro?
Quantos dias ficarão por sonhar à espera do dia certo?
Amanha estarás morto na mesma,
vivas como viveres,
comas o que comeres,
serás um lindo morto saudável e racional
que fez tudo bem, só não viveu...
Tentar?
Mal não faz...
Podes sempre voltar ao que eras...
Deixa-te cair para trás!
Fecha os olhos!
Inspira fundo, confia em ti,
mereces o mundo!
Deixa-te cair para trás, amor...
Eu seguro-te!
Inês Dunas
Libris Scripta Est
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 908 leituras
Add comment
other contents of Librisscriptaest
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Quimeras... | 2 | 5.904 | 06/27/2012 - 15:00 | Português | |
Poesia/Geral | Presa no transito numa sexta à noite... | 2 | 3.421 | 04/12/2012 - 16:23 | Português | |
Poesia/Dedicado | Santa Apolónia ou Campanhã... | 2 | 2.593 | 04/06/2012 - 19:28 | Português | |
Prosas/Outros | Gotas sólidas de gaz... | 0 | 2.726 | 04/05/2012 - 18:00 | Português | |
Poesia/Geral | Salinas pluviais... | 1 | 2.986 | 01/26/2012 - 14:29 | Português | |
Prosas/Outros | Relicário... | 0 | 3.184 | 01/25/2012 - 12:23 | Português | |
Poesia/Geral | A covardia das nuvens... | 0 | 3.645 | 01/05/2012 - 19:58 | Português | |
Poesia/Dedicado | Arco-Iris... | 0 | 3.930 | 12/28/2011 - 18:33 | Português | |
Poesia/Amor | A (O) que sabe o amor? | 0 | 3.569 | 12/19/2011 - 11:11 | Português | |
Poesia/Geral | Chuva ácida... | 1 | 2.985 | 12/13/2011 - 01:22 | Português | |
Poesia/Geral | Xeque-Mate... | 2 | 3.221 | 12/09/2011 - 18:32 | Português | |
Prosas/Outros | Maré da meia tarde... | 0 | 3.132 | 12/06/2011 - 00:13 | Português | |
Poesia/Meditação | Cair da folha... | 4 | 3.839 | 12/04/2011 - 23:15 | Português | |
Poesia/Desilusão | Cegueira... | 0 | 3.360 | 11/30/2011 - 15:31 | Português | |
Poesia/Geral | Pedestais... | 0 | 3.443 | 11/24/2011 - 17:14 | Português | |
Poesia/Dedicado | A primeira Primavera... | 1 | 3.317 | 11/16/2011 - 00:03 | Português | |
Poesia/Geral | Vicissitudes... | 2 | 3.602 | 11/15/2011 - 23:57 | Português | |
Poesia/Geral | As intermitências da vida... | 1 | 3.761 | 10/24/2011 - 21:09 | Português | |
Poesia/Dedicado | O silêncio é de ouro... | 4 | 2.983 | 10/20/2011 - 15:56 | Português | |
Poesia/Geral | As 4 estações de Vivaldi... | 4 | 4.007 | 10/11/2011 - 11:24 | Português | |
Poesia/Geral | Contrações (In)voluntárias... | 0 | 3.439 | 10/03/2011 - 18:10 | Português | |
Poesia/Geral | Adeus o que é de Deus... | 0 | 3.388 | 09/27/2011 - 07:56 | Português | |
Poesia/Geral | Limite | 2 | 4.704 | 09/22/2011 - 21:32 | Português | |
Poesia/Geral | Quem nunca fomos... | 0 | 3.961 | 09/15/2011 - 08:33 | Português | |
Poesia/Geral | Antes da palavra... | 1 | 4.362 | 09/08/2011 - 18:27 | Português |
Comentários
Re: Leap of faith...
Ainda bem que sua poesia existe...ela me salva. Beijo pra ti Inês e obrigada
Re: Leap of faith...
Inês,
A vida é essencialmente feita de liberdade de escolha, até de cair para de seguida aprender e renascer.
O medo castra-nos essa liberdade, deixa-nos reféns de nós mesmos.
Bela a tua mensagem que incute a coragem e transmite a certeza do amor e do amparo.
Beijinhos
Nanda
Re: Leap of faith...
Deixa-te cair,
sem pestanejar,
sem abrir o olho para espreitar,
sem virar a cabeça,
aconteça o que acontecer...
Podes sempre voltar ao que eras...
Deixa-te cair para trás!
Fecha os olhos!
Inspira fundo, confia em ti,
mereces o mundo!
Deixa-te cair para trás, amor...
Eu seguro-te!
Maravilha!!!
Sempre uma delícia ler-te Sr Ministra!!!
Com todo o mérito!!!
:-)