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Nada :
Nada.
Tu não sabes nada.
Não ouves.
Não sentes.
Não sabes nada de mim.
Um imenso nada e é tudo.
Um rosto que foi o teu, lembrado numa intermitente ausência.
Sentir a falta de sentir a falta de alguém que se ama.
Que se amou.
É o próprio sangue que rejeita e visceralmente se revolta.
A alma expulsa o ser amado do universo cálido dos afectos, solene, num último gesto de amor e arrebatamento.
Quis dar-te tudo.
Combater ferozmente esse teu nada.
Abandonar-me ao arbítrio, na brevidade dos instantes em que pude tocar-te.
Não o corpo, esse vaso que te resguarda, mas a tua humanidade.
Precorrer incessantemente os meandros de ti e aí me achar, no centro de tudo.
Imagino que me levas pela mão, a corda ao pescoço, o nó insolúvel cuidadosamente preparado por ti para me prender nesse teu limbo trágico, e, no momento da aceitação te digo olhos nos olhos:
" Podes puxar a corda".
Viver como sombra tua honrando essa tua perversa candura, sofrendo sem amar.
A tua solidão é mansa.
Reverente.
Tranquila.
A minha é avassaladora e ruge como um leão ferido de morte.
E doí, doí.doí.
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Comentários
Re: Nada :
.... porque nada é tudo e tudo pode ser nada. adorei este poema primoroso.
beijo azul
Re: Nada :
Belo. Gostei muito.
Parabéns.
bjs.
Re: Nada :
MorganaRay!
Nada
" Podes puxar a corda".
Viver como sombra tua honrando essa tua perversa candura, sofrendo sem amar.
A tua solidão é mansa.
Reverente.
Tranquila.
A minha é avassaladora e ruge como um leão ferido de morte.
E doí, doí.doí.
Belíssimo Poema, meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Nada :
Que lindo poema! Tão sentido, chega a doer. Abraços
Re: Nada :
Olá, Morgana.
Um pouco triste, mas é muito lindo teu poema!
Gostei muito!
Parabéns,
REF