O Carteiro

A campainha frenética
acusa a sua chegada...
abre-se a porta,
traz uma carta registada
Sacola cheia de notícias e saudades,
quando transporta alegria
sente-se recompensado
e fica triste se da dor for mensageiro,
são os ossos do ofício
de quem escolheu ser carteiro
Passo ligeiro, gasta as pedras da calçada
a distribuir o correio na Senhora da Anunciada
Sempre sorrindo, percorre cada recanto
deste bairro de Setúbal
que por Troino é chamado
E ao passar vai espalhando a esperança
de um dia ser portador de um sonho realizado
No fim da volta, quando regressa à estação,
ele sabe que cumpriu com a sua obrigação
No outro dia, volta à rotina e ao trabalho
é o carteiro do povo, por todos é estimado.