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O Despertar

O Despertar


Ela continua na velha casa de frente para o mar com o sorriso de sempre e com a serenidade habitual.

Está no mesmo quarto com os mesmos móveis. Um ou outro foram mudados de lugar.

Os cortinados são novos e alguns bibelôs foram comprados há pouco tempo.

O cão ladra baixinho de tão velhinho que está. Pula e mexe o rabo lentamente, em câmara lenta e olha ternamente para ela.

Tudo naquela casa continua na mesma. Aquele sossego, aquela calmaria, aquele conforto, aquela quentura.

O sol entra pelas janelas aquecendo a alma daquele recanto mas lá dentro existe um coração irrequieto, como um

mar revolto, como um céu que relampeja, como um vento do maninho que uiva fortemente e leva tudo pelo ar.

O mundo velho quer dar lugar ao novo mas o coração dela fraqueja, está fraco e o corpo cansado.

Resta-lhe apenas esperar…Quem sabe talvez dias, meses ou anos mas nada será como dantes.  

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terça-feira, setembro 4, 2012 - 16:49

Poesia :

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juliabarbosa

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Comentários

imagem de Nuno Lago

Certo, Júlia, jamais algo

Certo, Júlia, jamais algo será como antes. Mas até quando? Pois... até "Aí"... ainda bem que não sabemos quando será "Aí". Que problemático: está um Paraíso à nossa espera (pelo menos à espera de alguns...) e nós não sabemos quando partimos para lá! Por mim, preferia ficar cá para sempre (sorrriso) mesmo nesta mudança contínua. Beijinhos.
Nuno

imagem de juliabarbosa

O Despertar

Olá Abilio, faz tempo que não venho aqui. Beijinhos meus,

Em relação ao "Despertar", é verdade que cada amanhecer trás novas perspetivas existenciais porque o mundo está sempre em mudança e na maioria das vezes as escolhas que fazemos ou que os outros fazem em relação a nós muda por completo aquele paradigma e começa-se outro e nada fica como antes.

Um abraço, Júlia

imagem de Teresa Almeida

Ela continua na velha casa

Ela continua na velha casa mas aquele mar desperta-a todos os dias e dá-lhe uma inquietude serena.
As velhas casas falam tanto!
Adorei, Júlia.

Beijinhos.

imagem de juliabarbosa

O despertar

Olá Teresa. Sim as casas velhas ou as que são habitadas por nós muitas das vezes têm alma que é o eco da nossa alma.

Beijinhos Júlia

imagem de Henricabilio

Por mais despertares a que

Por mais
despertares a que sobrevivas,
cada amanhecer trás novas perspetivas
existenciais.

Saudações!

_Abil!o

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