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O Nada, O Absurdo e a Minha Ignorância
Alguém me disse que é nada
sem saber o que nada é realmente.
...Não acreditei.
Porque se ser-se nada fosse possível,
nada seria eu certamente.
...Ahh como queria eu ser nada,
porque sou nada sem o ser.
Tudo, pelo menos tudo o que julgo ver,
encerra em si o pecado original do absurdo.
Não são só as palavras, ou os actos,
É a essência do próprio homem.
Da verdade, da pura verdade...
esperava-se que fosse definitiva e absoluta,
mas que tem de definitiva e absoluta a verdade conhecida,
quando esta se faz a si mesma
de tornar inverdadeira
outra verdade?
Que maior absurdo podemos encontrar
senão a aspiração do homem à unidade
face ao intransponível dualismo do espírito
e da natureza?
E que dizer deste impulso...
...Desta vontade de eternidade,
e a irremediável finitude da existência?
...Da preocupação constante enfim,
e a inutilidade de todo este esforço sem nexo?
E por isto tudo, eu queria ser nada
...ou então tudo.
Sou consciência atormentada
que afronta o mundo,
...Enquanto animal puro
sou parte do mundo, sou o mundo
...como a árvore, a flor
e as andorinhas...
Mas como homem,
sou consciência que se opõe.
...Busco uma ordem menor
numa ordeira desordem maior
que é este mundo em mim.
Com isto tudo,
como dizer-se que se é nada?
Haverá nada verdadeiramente?
Não sei...
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Comentários
poema
Adorei esta grande reflexão filosofica que realmente nos faz pensar num registo nada pesado e ligeiro.
Parabens pelo poema e continua asssim, abraços Angelofdeath :).
O Nada, O Absurdo e a Minha Ignorância
Penso que somos nada em relação a Deus e sua criação!
Mas com referência a nossa vida, devemos viver o aqui e agora, e deixarmos para pensar
em um futuro distante, quando a hora chegar...
Meus parabéns, pelo seu texto,
Marne