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O sino da minha fé
Tão badalão!!!
Toca o sino lá no torreão
o pároco chama todos os fiéis
roliças beatas correm apressadas
cheira a naftalina...
sinto-me enjoada
Oiço a homilia com muita atenção
o padre até fez um belo sermão
concordo com tudo o que lá ouvi
e discordo em dobro com o que lá vi...
Levantam-se as velhas,
que estão de joelhos a rezar o terço
seguindo em fila pr'a comungar
e podem fazê-lo porque acabaram de se confessar
Sou a ovelha negra do vasto rebanho
sinto-me observada, vem-me o desconforto
entrei na igreja sem me arranjar
vesti-me de ganga e de algodão
pr'a falar com Deus
e se eu pequei pedir-lhe perdão
Tão badalão!!!
Olho para cima pr'o sino da sé
que toca de novo, pr'a missa das sete
gosto do seu toque, do seu badalão
música divina, tocada pl'os anjos da percussão.
Professo-lhe fé e entrego-me a Cristo,
Maria e José
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
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Poesia :
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Comentários
Re: O sino da minha fé
Um soar poético badalado com mestria...
;-)
Re: O sino da minha fé
vesti-me de ganga e de algodão
pr'a falar com Deus
e se eu pequei pedir-lhe perdão
E Ele te ouviu e te achou linda, autêntica, sem disfarces, a beleza de cada um está na alma e no coração, dentro ou fora da igreja. Grande abraço
Re: O sino da minha fé
Oi, Nanda.
Lindo poema do badalão e das beatas roliças cheirando a naftalina.
Gostei imensamente desse retrato do cotidiano.
Parabéns,
beijo,
REF
Re: O sino da minha fé
LINDO, RESPEITOS MEUS A SUA FÉ!
LINDO TAMBÉM O GRÁFICO DO SINO!
Meus parabéns,
MarneDulinski