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O trovador já não canta canções de amor!
Caminho sobre areias soltas,
atrás de mim os passos apagam-se,
nas memorias envoltas em nada...
Somos apenas sombras q passam,
sem deixar rasto, ou traço daquilo q um dia foram...
A imortalidade é uma hipérbole triste
q existe apenas no consolo à beira morte...
Queria lá eu viver para sempre,
se a vivência só é fertil em sofrimento e decadência...
A morte é a minha sorte,
sei q um dia não errarei mais por aqui
cega, apalpando pedras, muros, castelos...
Belos os tempos em q valia a pena amar,
o amor, hoje é um trovador cansado
q nada tem de imaculado...
Cheira mal, sabe a sal, arranha-me por dentro,
por fora, toda eu sou traços de sangue e dor...
Caminho por areias soltas, talvez movediças,
armadilhas de imagens mortiças...
As revoltas q nascem dentro de mim
são as mesmas q me baixam os braços...
Caminho por areias soltas, molhadas, cansadas...
Persigo talvez vãs madrugadas em
buscas tristes dos teus passos...
Inês Dunas
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Poesia :
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Comentários
Re: O trovador já não canta canções de amor!
és uma artista :-)
o trovador é imortal apenas na sua revolta, na sua dor...
como em areias movediças, quando mais se debate mais rápido se afunda
escreves lindamente
adorei
bjos
Re: O trovador já não canta canções de amor!
Libri,
Em dias que nossos pés levados são pela onda do mar, sentimos as areias passarem pelas plantas dos pés, mesmo assim lá ficamos a olhar o distanciar da praia. Não por que não conseguimos de lá sair, mas para ver onde iremos chegar. Assim as vezes deixamos que o amor faça conosco, nos conduza por caminhos onde ao voltar sobrem apenas pegadas.
Bom Ler-te
Bjs
Re: O trovador já não canta canções de amor!
Libri,
Que belo texto de se ler!
Impressionante a tua imaginação e criatividade!
Beijinho para ti!
:-)
Re: O trovador já não canta canções de amor! (cto p/ Nuno Carval
Obrigada pelo carinho e pelas tuas leituras constantes e atentas!
Beijinho grande em ti!
Re: O trovador já não canta canções de amor!
Caminho por areias soltas, talvez movediças,
armadilhas de imagens mortiças...
As revoltas q nascem dentro de mim
são as mesmas q me baixam os braços...
Caminho por areias soltas, molhadas, cansadas...
Persigo talvez vãs madrugadas em
buscas tristes dos teus passos...
O poeta sabe o que diz...
:-)
Re: O trovador já não canta canções de amor! (cto p/ Henrique)
Sempre um prazer ver-te por aqui a leres os meus devaneios!
Muito Obrigada!
Beijinho em ti
Re: O trovador já não canta canções de amor!
Achei o poema no seu todo divinal.
“Caminho por areias soltas, talvez movediças,
armadilhas de imagens mortiças...”
Lindo
Carla
Re: O trovador já não canta canções de amor! (cto p/ Maria Carla
Muito obrigada pelo gentil comentário!
:)
Beijinho em si Maria Carla!
Re: O trovador já não canta canções de amor!
É triste o teu poema, mas muito do que sentimos está aí. É impressionante a forma como deitas para fora todos esse turbilhão de sentimentos. Também me sinto muito assim, como que se os meus pés dançassem sobre areias movediças, prontas a desaparecer-me debaixo dos pés e a sensação de ficar sem chão, é única e vazia
Muito bom o teu poema
Beijo
Matilde D'Ônix
Re: O trovador já não canta canções de amor! (cto p/ Onix)
Quando nos falta o chão só nos resta voar...
Obrigada por passares por aqui e deixares o teu meigo rasto Onix!
Beijinho grande em ti!