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Oximoro

E nasce a nossa velha história,
na memória esquecida dos séculos passados
que se encontram no dia de hoje...
Longe, no perto de ti,
há um limite que nos carrega,
no peso da entrega, preso à fúria do mundo...
Há uma antítese que se completa,
indirecta mas concreta,
porque houve um dia em que as palavras conversaram,
e se entregaram e renderam às evidências
das coincidências...
Nada é por acaso, nem o ocaso, nem nós,
nem o que sinto quando ouço a tua voz...
Louco e rouco e...
Vivo, na morte que te abandona
quando me ouves a mim...
E o fim é o começo,
onde recomeço o que terminei...
O dia de amanhã?
Não sei, nem me interessa...
A promessa ficou por cumprir,ou por manter,
ou por mentir, ou por esquecer...
São novas ruínas que se erguem...
Diferentes?
Iguais às anteriores?
Melhores?
Não...
Diferentes, apenas...
Do amor cresce o ódio?
Não...
Do amor jamais cresce algo negativo...
Num gesto emotivo talvez te odeie, dois minutos ou três...
Mas não tenho tempo para lutos,
ou para raivas, ou para me consumir a pensar num motivo
para odiar isto tudo que me envolve...
A amizade devolve-me a mim, o perdão também,
não quero ir para o céu...
Mas quero cá andar feliz, muito tempo!

Inês Dunas
Libris Scripta Est

Submited by

sábado, julho 24, 2010 - 12:27

Poesia :

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Librisscriptaest

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Comentários

imagem de Anonymous

Re: Oximoro

Na tua poesia, revejo muitas vezes
alguns dos meus sentimentos, Inês.
Lindo!! Beijo e o destaque.

Vóny Ferreira
Nada é por acaso, nem o ocaso, nem nós, nem o que sinto quando ouço a tua voz... Louco e rouco e... Vivo, na morte que te abandona quando me ouves a mim...

imagem de LilaMarques

Re: Oximoro

Minha linda Libris,

Este belíssimo texto traz à tona uma alma que luta todo o tempo para "cá andar feliz, muito tempo!"
Minha querida, a tua tecitura com as palavras é algo de muito especial. Que estilo lindo!
Gosto, gosto muito de ler-te!

Um beijo muito grande em ti.
Lila.

imagem de Lopez

Re: Oximoro

Amém em voz alta. Um poema com alma, daqueles que arranca pensamentos, suspiros. Obrigada. bjs

imagem de Obscuramente

Re: Oximoro

Paradoxum est utriusque oxi intelligentia quod profundus moron.

O paradoxum é um misto de grande inteligencia e de uma profunda estupidez.

No entanto, há sempre oportunidades de chegar a soluções...

Gostei muito de ler...

Beijo.

imagem de apsferreira

Re: Oximoro

Um texto belíssimo, à partida, algo
conturbado, de onde acaba por transpirar
a serenidade de uma alma
segura de si.
:-)

imagem de analyra

Re: Oximoro

"Do amor jamais cresce algo negativo...
Num gesto emotivo talvez te odeie, dois minutos ou três...
Mas não tenho tempo para lutos,
ou para raivas, ou para me consumir a pensar num motivo
para odiar isto tudo que me envolve...
A amizade devolve-me a mim, o perdão também,
não quero ir para o céu...
Mas quero cá andar feliz, muito tempo!"

Me empresta este trecho amiga?
Estou precisando dele.
BEIJOS!

imagem de AnaCoelho

Re: Oximoro

Um nasce um poema fantástico na mensagem e na composição...adorei

Beijos

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