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SERÁ O TEMPO UM JARDIM APOCALÍPTICO???
O tempo não pára de andar, será que ele se cansa?
Que músculo lhe sustem as pernas?
Não pára de aumentar, quem o alimenta?
Será que um dia rebenta como um balão farto de ar?
Não pára de se esticar, quem o puxa? O que o empurra?
Será fibra como de uma corda que parta de velha?
Se ele for um rio, onde nasce? Para onde ele corre?
Que margens o manterão no seu leito?
O que habita o seu fundo?
Haverá uma foz
onde ele se entregue
a um mar de mais tempo?
Ou cairá cadáver num escoadouro
que o sepultará como estátua a contar
a nossa história num jardim apocalíptico?
Será o tempo um jardim apocalíptico?
Seremos nós as suas flores que murcharão à sua sede?
Ou seremos apenas os espinhos que o prenderão ao seu fim?
Será o tempo uma caixa paralelepipédica
como o corredor sem volta de um templo infinito?
Ou será como um caixão,
uma vala que nos abraça fechando-nos
entre os seus lados como paredes de momentos
cujas tábuas são sobrepostas instante a instante?
Fôlego após fôlego?
Terá o tempo chão? Terá tecto?
Terá sangue? Terá peso? Terá ele corpo?
Em que veias ele corre? Veias do quê? De que corpo?
Se tiver uma forma, qual a sua sombra? Qual o seu limite?
Terá o tempo voz? Do que fala? Para quem fala?
Quem o ouve? Ou será que um dia
se cala amordaçado pelo silêncio da eternidade?
Quem o toca? Será que ele chora?
Que se zangue ou não passe de uma hora só? Descomunal!
Será ele um poema
que quem o escreve não encontra o lugar
onde colocar o ponto final vírgula após vírgula?
Nota do autor:
Penso que o tempo é ser vivo
ainda por documentar se é uma espécie racional ou irracional.
Mas que todos sabemos estar em vias de extinção!
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