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SEXTINA 14

No tempo mais diverso, sonho e medo
Apoio procurado e nunca visto,
Aos poucos noutro rumo me concedo
E tento caminhar mesmo malquisto
Meu canto sem sentido segue ledo
E ao fim apenas sonho; mero, avisto.

O meu momento em paz que nem avisto
O rumo do meu passo trama em medo
O quanto se mostrasse sempre ledo
E nisto o que pudera já ter visto
Expressa o que se foi sempre malquisto
E agora noutro engodo eu mal concedo,

A luta sem sentido onde eu concedo
O mundo mais audaz que tento e avisto
Ainda que já fosse tão malquisto
Expressa na verdade o imenso medo
E quando se presume o que foi visto
Meu canto se desenha além e ledo.

Um dia mais tranquilo? Apenas ledo
E quando no final tento e concedo
O quanto se quisera e sendo visto
Depois da tempestade mal avisto
Trazendo ao pensamento um claro medo
Moldando este cenário tão malquisto,

O verso que maldito e até malquisto
Um ato repetido e sinto ledo
Desdenha cada engodo e gera o medo
E quando no final; a lua; concedo
Pudesse imaginar e nada avisto
Senão quanto tentasse o quanto visto.

E a fantasia torpe que ora visto
Depois deste momento onde malquisto
Apenas o vazio da alma, avisto
Sabendo do meu dia atroz e ledo
O quanto poderia e até concedo
Vencendo com certeza o imenso medo.

Meu mundo em medo agora sendo visto
Enquanto me concedo e até malquisto
Meu verso sendo ledo; nada avisto.


 

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domingo, janeiro 2, 2011 - 11:05

Poesia :

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MarcosLoures

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