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SEXTINA 21

Como fui tão estúpido, querida,
Não sabes deste amor que é colossal.
Porquanto quanto tempo andei na vida
Em busca deste canto sem igual
Agora nas agruras que carrego,
Meu peito navegante, não sossego...

Enquanto na verdade inda sossego
Depois da sorte atroz, outra querida
O templo dentro da alma; hoje carrego
Sabendo deste instante colossal
E nele outro sutil jamais igual
Ao quanto imaginasse nesta vida.

A sorte desenhando em paz a vida
Trazendo o quanto quero e assim sossego
Deixando outro momento e noutro igual
O tempo se desenha em ti querida
Imagem transparente e colossal
Que ainda viva na alma em paz carrego.

O tempo quando em sonhos o carrego
Traduz o mais suave desta vida
E tanto quanto possa colossal
Cenário aonde tanto ora sossego
Na fonte desenhada e tão querida
Um dia inusitado, sem igual,

O passo noutro rumo, quando igual
Expressa o que pudera e enfim carrego
Deixando a bela imagem tão querida
No altar em raridade, dita a vida
Aonde com ternura e luz sossego
Mergulho nesta mina colossal,

O canto se espalhando, colossal
Ainda que pudesse ser igual
E nisto com certeza se eu sossego
Tramando cada brilho que carrego
Mostrasse o que melhor há nesta vida
Deveras tantas vezes, mais querida.

A sorte mais querida e colossal
Traçando nesta vida sem igual
Explode onde a carrego e assim sossego.
 

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domingo, janeiro 2, 2011 - 13:32

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MarcosLoures

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