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Soneto em delírio
Açoitam-me insondáveis e dissonantes agonias
fruto dos alienígenas que povoam a minha mente
ou da ignota mendicidade amorfa e clarividente
incongruência lucilante no halo das vãs rodovias
Inverosímil e letárgica a inóspita insanidade
dilacerante a flecha gélida que me perpassa
incomensuráveis caminhos por onde a alma passa
carcomido e rarefeito o sopro da perplexidade
Entrego-me aos devaneios de um sonhador
exploro a obliquidade dos meus delírios
há no poeta o eventual cunho de um escritor
Já o soneto toma forma, corpo e coabita
no hospício isócrono da irreverência
demência que me assola e em mim habita
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
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Poesia :
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Comentários
Re: Soneto em delírio
Lindo este soneto. Parabéns
Re: Soneto em delírio
Genial Nanda...
Entrego-me aos devaneios de um sonhador
exploro a obliquidade dos meus delírios
há no poeta o eventual cunho de um escritor
Para mi a tua obra prima, o teu verdadeiro poema. Li e reli e conquistou-me os sentidos e trauteei num bolero triste a ultima parte...
Olha, favoritos, pela explosão de cores e sensações
Re: Soneto em delírio
Mas que belo soneto que em ti habita.
Parabéns Nanda estou sem palavras.
Um beijo melo
Re: Soneto em delírio
Este soneto está uma maravilha!
Tudo que escreves leio e gosto imensamente.
Beijinhos
Varenka
Re: Soneto em delírio
"Já o soneto toma forma, corpo e coabita
no hospício isócrono da irreverência
demência que me assola e em mim habita"
Gostei, bastante, de ler
este seu soneto. Aliás, gosto
do que escreve.
:-)