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Soneto em delírio


Açoitam-me insondáveis e dissonantes agonias
fruto dos alienígenas que povoam a minha mente
ou da ignota mendicidade amorfa e clarividente
incongruência lucilante no halo das vãs rodovias

Inverosímil e letárgica a inóspita insanidade
dilacerante a flecha gélida que me perpassa
incomensuráveis caminhos por onde a alma passa
carcomido e rarefeito o sopro da perplexidade

Entrego-me aos devaneios de um sonhador
exploro a obliquidade dos meus delírios
há no poeta o eventual cunho de um escritor

Já o soneto toma forma, corpo e coabita
no hospício isócrono da irreverência
demência que me assola e em mim habita

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal

Submited by

sexta-feira, agosto 13, 2010 - 23:03

Poesia :

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Nanda

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Comentários

imagem de Almalusitana

Re: Soneto em delírio

Lindo este soneto. Parabéns

imagem de Mefistus

Re: Soneto em delírio

Genial Nanda...

Entrego-me aos devaneios de um sonhador
exploro a obliquidade dos meus delírios
há no poeta o eventual cunho de um escritor

Para mi a tua obra prima, o teu verdadeiro poema. Li e reli e conquistou-me os sentidos e trauteei num bolero triste a ultima parte...

Olha, favoritos, pela explosão de cores e sensações

imagem de Angelo

Re: Soneto em delírio

Mas que belo soneto que em ti habita.
Parabéns Nanda estou sem palavras.
Um beijo melo

imagem de varenkadefatima

Re: Soneto em delírio

Este soneto está uma maravilha!
Tudo que escreves leio e gosto imensamente.

Beijinhos

Varenka

imagem de apsferreira

Re: Soneto em delírio

"Já o soneto toma forma, corpo e coabita
no hospício isócrono da irreverência
demência que me assola e em mim habita"

Gostei, bastante, de ler
este seu soneto. Aliás, gosto
do que escreve.

:-)

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