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Sou o meu algoz
Forte é o mar!
Eu por mim…sou frágil
Logro de imortalidade
Luto contra a morte
mas acabo pó
Pasta de argamassa
Caveira sem ossos
pela fé acossada
pelos próprios passos
Desonra que talha
a alma cansada
Neste labirinto
em que me perdi
num fado indigente
Já trevas não vejo
Levito por cima
da minha cegueira
da minha carcaça
deste corpo inerte
jogado para canto
À espera do dia
em que eu mesma seja
o meu maior algoz
juíz ou carrasco
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
natural: Setúbal
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Poesia :
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Comentários
Re: Sou o meu algoz
Forte á o mar... e ele que tanto inspira! O poema ficou tão bonito...
"Já trevas não vejo
Levito por cima
da minha cegueira
..."
Um beijo grande
Carla
Re: Sou o meu algoz
Nanda.
Nós carregamos nas costas o "pecado original".
Um poema verdadeiro.
Parabéns,
Roberto
Re: Sou o meu algoz
Nanda minha querida amiga
Por vezes somos um pouco severos
conosco, mas a vida é linda e, é
olhando para dentro de nós mesmos
que vemos o quanto somos importantes
em nossa vida....
Um triste poema, mas de uma beleza
estonteante pela sensibilidade de
sua alma....
Beijinhos no coração
Re: Sou o meu algoz
As palavras só têm sentido quando são lidas!
Este é mais um de entre tantos,
lindos poemas...
Os meus parabéns amida
Um grande beijo Alcochetano para ti Nanda
Melo
Re: Sou o meu algoz
LINDO POEMA, GOSTEI!
MEUS PARABÉNS,
Marne
Re: Sou o meu algoz
Uma análise dura, de quem conhece
a vida e sente-se cansada. E, um pouco,
amargurada, com ela, talvez.
Um texto, muito bom,
em minha opinião.
:-)