CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Venço-me...
Venço-me pelo veneno,
sabor adocicado q me lambe os lábios,
ardor vincado em desejo,
beijo de morte...
Venço-me pelo sabor,
do membro q me desmembra,
q me inunda
numa clandestinidade profunda,
profana q se entranha em mim...
Venço-me pelo adocicado,
pelo salgado pelo insonso cheiro
do teu rosto, posto em mãos de pranto...
Venço-me pelo q me lambe o sangue,
as lágrimas, o suor a correr
metros, quilómetros atrás de sombras...
Venço-me pelos lábios q se calam,
impávidos ao sofrimento,
desprezando o desespero,
secando num cieiro distante,
cheio de peles secas e gretas...
Venço-me pelo ardor,
q me rasga, me desflora,
me magoa a toda a hora,
me penetra, sem me beijar sequer...
Pelo amor q se arrasta
sem pernas para andar,
sem braços para abraçar,
sem olhos para ver...
Venço-me pelo vincado,
pelo mordido, pelo parido sem mãe,
pelo coração de ninguém,
pela oração em escárnio,
pelo pecado mortal e intencional...
Venço-me pelo desejo do corpo contra o corpo,
numa luta de prazer em igualdade,
onde é permitido gemer, gritar,
implorar, saciar, pertencer,
sucumbir, deixar-se vir...
Venço-me pelo beijo de bocas sedentas,
sumarentas, q se sugam, q se provam,
q se aprovam,
em línguas q se amam na mesma linguagem,
espraiando à margem de continentes
de outros homens e outras mulheres
q não entendem,
q nos ofendem (entre dentes)...
Venço-me pela morte na sorte
de pertencer
a quem não me sabe querer...
Inês Dunas
Libris Scripta Est
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1121 leituras
Add comment
other contents of Librisscriptaest
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Quimeras... | 2 | 5.912 | 06/27/2012 - 16:00 | Português | |
Poesia/Geral | Presa no transito numa sexta à noite... | 2 | 3.435 | 04/12/2012 - 17:23 | Português | |
Poesia/Dedicado | Santa Apolónia ou Campanhã... | 2 | 2.606 | 04/06/2012 - 20:28 | Português | |
Prosas/Outros | Gotas sólidas de gaz... | 0 | 2.747 | 04/05/2012 - 19:00 | Português | |
Poesia/Geral | Salinas pluviais... | 1 | 3.011 | 01/26/2012 - 15:29 | Português | |
Prosas/Outros | Relicário... | 0 | 3.201 | 01/25/2012 - 13:23 | Português | |
Poesia/Geral | A covardia das nuvens... | 0 | 3.658 | 01/05/2012 - 20:58 | Português | |
Poesia/Dedicado | Arco-Iris... | 0 | 3.943 | 12/28/2011 - 19:33 | Português | |
Poesia/Amor | A (O) que sabe o amor? | 0 | 3.584 | 12/19/2011 - 12:11 | Português | |
Poesia/Geral | Chuva ácida... | 1 | 3.003 | 12/13/2011 - 02:22 | Português | |
Poesia/Geral | Xeque-Mate... | 2 | 3.237 | 12/09/2011 - 19:32 | Português | |
Prosas/Outros | Maré da meia tarde... | 0 | 3.157 | 12/06/2011 - 01:13 | Português | |
Poesia/Meditação | Cair da folha... | 4 | 3.844 | 12/05/2011 - 00:15 | Português | |
Poesia/Desilusão | Cegueira... | 0 | 3.367 | 11/30/2011 - 16:31 | Português | |
Poesia/Geral | Pedestais... | 0 | 3.464 | 11/24/2011 - 18:14 | Português | |
Poesia/Dedicado | A primeira Primavera... | 1 | 3.322 | 11/16/2011 - 01:03 | Português | |
Poesia/Geral | Vicissitudes... | 2 | 3.629 | 11/16/2011 - 00:57 | Português | |
Poesia/Geral | As intermitências da vida... | 1 | 3.801 | 10/24/2011 - 22:09 | Português | |
Poesia/Dedicado | O silêncio é de ouro... | 4 | 3.001 | 10/20/2011 - 16:56 | Português | |
Poesia/Geral | As 4 estações de Vivaldi... | 4 | 4.022 | 10/11/2011 - 12:24 | Português | |
Poesia/Geral | Contrações (In)voluntárias... | 0 | 3.464 | 10/03/2011 - 19:10 | Português | |
Poesia/Geral | Adeus o que é de Deus... | 0 | 3.403 | 09/27/2011 - 08:56 | Português | |
Poesia/Geral | Limite | 2 | 4.719 | 09/22/2011 - 22:32 | Português | |
Poesia/Geral | Quem nunca fomos... | 0 | 3.972 | 09/15/2011 - 09:33 | Português | |
Poesia/Geral | Antes da palavra... | 1 | 4.373 | 09/08/2011 - 19:27 | Português |
Comentários
Re: Venço-me...
Vences intimamente o exterior áspero que nos rodeia os sentimentos!!!
:-)
Re: Venço-me...
Libris, querida,
Teus escritos sempre em um encadear-se gradual de imagens únicas e de sons harmônicos e muito bem "compostos". Danças com as palavras!
Um beijo, minha querida.
Re: Venço-me...
Estou completamente vencida depois desta leitura...
Mas que lindo Inês, palavras sofridas!
Eu acho que não foi vencida, mas sim que venceu essa dor... E se há quem não a quer, esses sim é que são vencidos, não estão à sua altura... :-)
Beijinho querida!
Re: Venço-me...
Venço-me pela incrivel facilidade com que nos fazes "voar", num poema perfeito.
Oh lânguida dor, como te leio com ardôr.
Gostei imenso
Re: Venço-me...
Venceste-me Inês!
E eu não resisto à tua poesia, sempre deliciosa!
beijo
Não deixes que a falta de inspiração te vença!
Que eu quero continuar a ler-te :)
rainbowsky
Re: Venço-me...
Venço-me pela morte na sorte
de pertencer
a quem não me sabe querer...
Tua sorte fez-me parar. E pasmar com teu escrito de morte. :-)