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A violência de se estar perdido
Perdidos estão
Todos aqueles de palavras e vozes erradas
Aqueles que ostentam uma pompa ilegítima
Que travam longas conversas
Monólogos indecifráveis em suas cabeças
Torna-se complicado recordar o passado
Porque foi degradado pela evolução.
A violência de se estar perdido
Tem início na juventude
Quando os heróis da infância se vão
Quando se revelam monstros cruéis
Que usam máscaras e escondem seus crimes
Torna-se complicado a atualização
Que revela fatos anacronizados pela corrupção
E os olhos são abertos violentamente.
Existem alguns excluídos
Que permanecem em seus casulos impenetráveis
Talvez aguardam uma nova realidade
No mundo em que poderiam pertencer
Mas foram abandonados pelo mundo
E parecem mais mortos vivos andando a esmo
Vagando em busca de um novo abrigo
Depois de serem enxotados pela sociedade.
Todos aqueles não estudados
Aqueles perdidos nos longínquos campos
Tratados sempre de forma tão injustas
Porque vivem em um mundo de impunidades
Que sempre impõe o seu nepotismo algoz
Sobre a população mais sofrida da sociedade
Ninguém dá ouvidos a verdade
Porque estão acostumados a um mundo de mentiras
E quase não podemos dizer mais nada.
Quero ir embora daqui
Não posso me acostumar com tamanha ignorância
O peso do mundo é cruel para mim
E não posso mais falar de vida
Porque vivemos em um mundo de violência
Onde não se vive mais o amor
Mas propaga-se muito o ódio
O que vai contra todos os meus princípios
E crucifica a minha cabeça inquieta.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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