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Cidade dos relógios

Há muito, muito, tempo atrás, numa praia abandonada, onde o mar tinha deixado milhões e milhões de conchas na costa, um pequeno rapaz sem nome, descobre um búzio que cintilava com os raios de sol. Tinha medo de lhe tocar, tinha medo que este se partisse em mil pedaços assim que pegasse nele, no entanto, não poderia virar costas a tão grande beleza. O búzio era de um branco tão puro, tão brilhante, que fazia todas as outras conchas parecerem insignificantes naquela praia. Fazia parecer que aquela praia não precisava de um sol, que o seu sol estava concentrado naquela relíquia marítima.
Num gesto muito lento e amedrontado, o rapaz, toca uma vez no búzio, depois uma segunda, uma terceira, até que ganha coragem e coloca-o na sua mão. Ali, o búzio não parecia tão grandioso. Não a ocupava na sua totalidade, e o seu brilho estava escondido pela sombra da cabeça voltada do rapaz curioso. Foi neste momento, que houve um sopro. O rapaz sem nome sopra lentamente para dentro do búzio e é aí que algo acontece. O búzio emite um som estridente que faz o rapaz estremecer. O som torna-se tão mas tão forte que o rapaz sente-se ajoelhar na areia, fechando os olhos e tapando os seus ouvidos de menino. O búzio já não estava na sua mão, tinha caído na areia molhada e, de repente, o som tinha fugido!
Quando volta a abrir os olhos, o rapaz surpreende-se com aquilo que vê. Não estava mais na sua praia, nem ouvia o mar, não havia conchas nem rochas, era como se estivesse a sonhar. Olhou em volta, e beliscou-se no braço esquerdo para ter a certeza de que aquilo estava a acontecer. Sentia-se numa daquelas telas que tinha visto numa galeria da última cidade por onde passara a vaguear. Havia tantas cores! O verde acentuava as pequenas montanhas, o azul misturava-se em vários tons nos riachos que persistiam em correr, o amarelo cobria as folhas das árvores mais idosas, o vermelho róseo percorria os mais variados frutos e flores dos pequenos campos, o transparente disputava com o vento uma corrida através das árvores, e todas as outras cores estavam em todo o lado.
Mas, o mais espantoso daquele pequeno lugar, era o céu! O céu era muito diferente daquilo que costumava ver, não existiam nuvens, nem cores azuis, nem um sol radiante. O céu era constituído por uma imensidão de relógios, dos mais variados tamanhos e tons, que encaixavam como um puzzle gigante.
Perdido em tanta magia, o rapaz nem repara que alguém o observa. É aí que um pequeno bugalho é lançado em direcção à sua cabeça, fazendo-o despertar. Numa correria desenfreada, o rapaz corre atrás da personagem saltitante que acabava de lhe acertar em cheio na nuca. Não se apercebe de imediato que aquele ser não é igual a si, é mais pequeno, com as orelhas voltadas para trás, um cabelo comprido com várias cores misturadas, um sorriso brincalhão, e uma velocidade impressionante.
Ofegante, o rapaz desiste da sua corrida. Jamais conseguiria apanhar aquele monstrinho.
- Nem dez ponteiros conseguiste correr!
Assim perto, aquela criatura tinha mais a dizer, do que vista aos saltos. Possuía um enorme relógio pendurado no pescoço, vestia um fato-de-macaco verde e uma camisola branca, o seu nariz era empinado e pequenininho, e não tinha dentes. Por momentos, o rapaz esquece o verdadeiro motivo da corrida, e sente-se encantado pela pequena personagem que o olhava fixamente. Os seus olhos de tão grandes pareciam dois mares a circularem dentro da sua pequena cabeça sorridente.
- Então, não vês que o tempo está a passar? – volta a repetir o pequeno monstro, contrariado por não ter obtido resposta da primeira vez.
- Mas quem és tu? – perguntou o rapaz.
- Ora quem sou eu, não vês que sou um piggle? Um piggle daqueles bem grandes e fortes, já nem as zombeias conseguem fugir-me!
E num gesto convicto, o pequeno piggle ergue os braços para mostrar o seu ponto de vista.
- As quê?
- Não me pareces lá muito acertado não. Olha para ali para perto das flores… Não as vês? Elas são bem grandes!
Foi aí que as viu, amarelas e pretas, com umas enormes asas capazes de suportarem o peso das suas enormes barrigas, a rodearem as flores em jeito de dança.
- São incríveis! Mas para quê toda aquela dança? – surpreendeu-se o pequeno sem nome.
- Para convencerem as flores a lhes darem o seu néctar. Assim, mais tarde, as zombeias podem produzir o teio.
- Teio?
- Mas que raio! Não entendes mesmo nada. Vem comigo! Mas tenta saltar mais rápido, as flores gostam de mudar de cor.
A princípio não entendeu a relação dos saltos e da cor, mas rapidamente se foi apercebendo que as flores mudavam de cor sempre que sentiam os saltos, era como se reagissem também, e cantassem com as cores.
Já começava a ficar cansado, mas não podia ficar sozinho para trás, então esforçou-me por continuar. A paisagem era inacreditavelmente bela e mágica, os animais mais ferozes eram os mais pequenos, e os insectos voadores tinham tendência para os grandes tamanhos. As árvores eram gigantes, podendo atingir cada relógio que se encontrava suspenso no céu, o aroma a maresia permanecia no ar e uma pequena acumulação de casas começava a surgir mais adiante.
Ficou realmente aliviado quando finalmente pararam a marcha, ao contrário do pequeno piggle, que parecia bastante aborrecido com aquela paragem.
- Nunca demorei tantos ponteiros a chegar até aqui, estou bastante atrasado em relação a ontem.
- Mas porquê tanta preocupação com as horas?
- Não posso perder mais tempo, vai visitar o Mr.Smiley, ele com certeza tem tempo extra para te explicar tudo. Tenho de ir!
- Espera! Eu não sei como…
Mas o seu primeiro amigo tinha já partido em saltos, sem sequer lhe dizer mais nada. Não fazia ideia de quem era esse tal sujeito, nem de como o encontrar. Vagueou pela cidade, observando que cada casa também possuía um relógio na zona das janelas, eram pequenas e baixinhas, com várias portas ao longo da mesma, e com telhados arredondados que se pareciam bastante com cones gigantes. Todas as casas eram iguaizinhas, mudando apenas a cor das suas paredes e portas.
- Pareces perdido meu rapaz!
Atrás de si, estava uma figura bastante semelhante à anterior, mas com uma expressão bem mais carregada e com uma bengala que apoiava os seus passos.
- Rapaz?
- Sim, sei bem de onde vens, sopraste no búzio com demasiada força e ele teve de te deixar entrar aqui na cidade dos relógios.
- Quer dizer que isso aconteceu mesmo? E então aquele barulho estridente?
- Aquele barulho que ouviste é usado pelo búzio para indicar que alguém quer muito entrar, nem sempre o ouvimos, aliás, é bastante raro, e o búzio não deixa passar qualquer um, nem a qualquer momento. Acho que tiveste sorte com os relógios. Só podem entrar pessoas vindas lá de fora quando os relógios estão a indicar horas certas.
- Então sabia que estava aqui?
- Sim, todos sabíamos que ia alguém chegar, mas nem sempre chegam coisas boas, daí que não vejas muitos piggles por aqui. Estavam receosos!
- Mas aquele outro…
- O piggy Biggy não tem medo de nada, anda sempre perto das zombeias que são assustadoras para a maioria que mora aqui, é um pequeno bastante corajoso e curioso. Os piggies normalmente ficam sempre perto dos pais piggles, mas o Biggy é diferente! Gosta de correr, saltar com as flores, apanhar o teio, ajudar toda a gente. Não pára! E mal soube que vinha aí alguém de fora, quis logo ir encontrar-te antes que se perdesse nas horas. É um pequeno matreiro!
- O senhor deve ser então o Mr. Lydey, ou lá o que era, o Biggy disse que o devia encontrar!
- Mr.Smiley sim, sou eu! E tu deves ter perguntas para vários ponteiros… Ainda bem que hoje o meu relógio tem espaço. Vá, segue-me! E desta vez, vamos devagar, sem saltos, já não tenho energia de piggy, sou um velho piggle.
E foi assim que ambos começaram a seguir caminho ao longo da estrada de areia, mesmo sem saber para onde ia, o rapaz deixou-se cair no encanto de todo aquele mundo, e aceitou com graciosidade a companhia do velho.
Conseguiu, pela primeira vez, ver habitantes naquela cidade, as pessoas espreitavam pelas janelas relógio, curiosas e tranquilas, outras saíam à rua, tentando todos voltar às suas vidas normais.
Entretanto, enquanto o rapaz se perdia a observar cada ponto da cidade, o velho pára em frente de uma pequena casa, não muito diferente das restantes, à excepção dos relógios da janela que pareciam mais antigos e mais gastos pelo tempo.
- Vamos, abre-me a porta por favor!
Apesar de um pouco atordoado com aquele pedido, o rapaz aproxima-se da porta, e, sorrateiramente, roda a chave, abrindo-a lentamente, como que com medo que algo surgisse lá de dentro e o surpreendesse.
É então que o velho se precipita, e entra dentro da casa em primeiro lugar, deixando o rapaz à porta, sem saber o que fazer, se o havia de seguir, ou permanecer ali à porta.
- Oh rapaz, tu perdes imensos ponteiros a olhar para as coisas. De que estás à espera? Entra!
Alternando o olhar entre o exterior e o interior daquela pequena casa, observando o rosto do velho impaciente, o rapaz acaba por entrar, fechando a porta que se encontrava atrás de si.
- Estás a ver aquele relógio ali em cima? Pertenceu à primeira geração piggle. É ele que acerta todos os outros, apesar de já ter passado por milhões de ponteiros, é inegável a sua sincronização, nunca se atrasa um segundo que seja!
Foi aí que o viu, gigante e imponente, suspenso no tecto cónico da casa. Pelas suas conclusões, todas as casas deveriam possuir um relógio, daí a sua forma geométrica.
- Acho que não entendo bem para que servem todos estes relógios…
- Pois claro que não percebes, por alguma razão estás aqui.
- Continuo a não perceber!
- Diz-me rapaz, qual é o teu nome?
O pequeno ficou abalado com aquela pergunta, se fosse alguém na rua a abordá-lo acerca do seu nome não reagiria assim, mas o tom em que esta foi colocada pelo velho, fazia-o entender que havia algo mais naquela pergunta do que uma simples curiosidade.
- Não tenho um. – respondeu friamente o rapaz.
- E porque é que não tens um? – o velho questionou.
Apesar de conhecer aquela resposta de cor, o rapaz sem nome, sentiu uma enorme tristeza ao pensar nela.
- Nunca perguntei porque nunca tive ninguém a quem perguntar.
- Então vagueias por toda a parte à procura do quê? Não serão respostas?
- Como sabe que vagueio por toda a parte? – indignou-se o rapaz com tamanha informação acerca de si mesmo.
- Simples, és muito observador, és sério, estás descalço e sujo, e acabaste de vir aqui parar por soprares um búzio com muita força. Como já te disse, o búzio apenas traz aqueles que querem mesmo entrar num novo mundo, recomeçar.
Surpreso com todas aquelas suposições o rapaz assentiu, e o velho continuou o seu discurso.
- Há muito tempo atrás, quando as praias eram desertas, e os búzios podiam contar histórias a todas as conchas sem que alguém as levasse, uma delas tornou-se realidade: A nossa cidade! Era contada a história de que algures no tempo, existiria um refúgio para os perdidos que não encaixavam no doloroso mundo dos humanos, que iria coincidir com uma casa para uma população organizada e mágica: os piggles.
- Mas então, e todos estes relógios? E porque é que sou o único perdido por aqui se há tanta gente lá fora assim?
- Os relógios são muito importantes para a nossa população porque foi a partir deles que fomos criados. Cada pessoa tem o seu relógio ali suspenso no céu, e em cada relógio, há uma história. O tempo é preservado, para que mais tarde, todos possam recordar-se daquilo que os ponteiros guardam mas a memória não. Damos valor a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, a cada ponteiro. Este relógio que possuo ali em cima no tecto, pertenceu ao meu pai piggle e sempre que sinto saudades, espreito para dentro dele, e consigo ver o enorme sorriso que ele tinha quando era mais jovem.                         A questão é que todos estes relógios pertenciam aos piggles, e por mais pessoas que abrigássemos aqui, nenhuma ganhava o direito de possuir um dos nossos, porque são eles que nos escolhem. Mas há pouco tempo atrás, encontrámos, por cima da árvore Daila, um relógio diferente… Um relógio sem ponteiros, sem tempo a ser contado, e não percebíamos a quem pertencera, ou porque continuava ali e não em alguma das casas dos parentes do seu dono. Certo dia resolvi olhar para dentro dele. A princípio não consegui ver nada além do meu reflexo, até que o búzio voltou a ecoar um som estridente, e aí vi um humano e todas as suas memórias naquele relógio. Após esse zumbido, o relógio ganhou ponteiros, e o tempo começou a correr. 
- Quer dizer que há um humano a viver aqui com vocês?
- Não, esse humano tinha acabado de perceber que arruinara a sua vida, e que o tempo era valioso. Ganhou direito ao relógio da árvore mãe porque não veio aqui parar por estar ele perdido, mas porque queria que alguém muito importante, não se perdesse. Era o teu pai.
O rapaz ficou perplexo com aquela última declaração. «Teu pai». Repetiu aquela frase várias vezes em silêncio, e relembrou todas as vezes em que adormeceu ao relento esperando por ele. 
Não conseguiu reagir, não conseguiu evitar uma lágrima. Sentia-se zonzo com tudo aquilo que tinha acontecido, a corrida pela praia, as conchas a morderem os seus calcanhares, o búzio brilhante, aquele mundo tão mágico e belo.
O velho continuou:
- Tens nome sim. E vieste aqui para que ele te seja dado de volta, e te possas encontrar.
O pequeno assentiu com a cabeça, como que a autorizar que o velho continuasse.
- O teu nome é Luís, e o nome do teu pai também era Luís. E há algo lá fora que te pertence.
Foi assim que ambos seguiram naturalmente em direcção à árvore Daila. O caminho de areia indicava um enorme monte, e uma árvore não menos grandiosa, reinava o seu topo. Era de folhas verdes e amarelas, bastante carregada com aquilo que pareciam borboletas, e as suas folhas mais altas, tocavam num relógio azul, em forma de lua, ligeiramente inclinado para que uma das suas pontas tocasse nas mãos da árvore.
- Ali está ele, e tal como previra, os ponteiros voltaram a aparecer. Aquele relógio é teu e do teu pai. Por isso, trepa pelas mãos da árvore, e atreve-te a olhar para dentro dele.
- Mãos da árvore?
- Que rapaz tonto! Todas as formas de vida desta cidade possuem mãos, porque todas elas têm o direito de escolher a dedo de que forma querem viver. As letas e as zombeias possuem asas para voar para onde quiserem, essas são as suas mãos, as lotas rastejam e o seu corpo é a sua mão, ora as mãos das árvores são os seus troncos, e as suas folhas, os seus milhares de dedos. Por isso, são tão respeitadas aqui pois podem decidir muita coisa.
Rapidamente entendeu que todas as formas de vida, eram praticamente semelhantes às do mundo humano, mas ganhavam diferentes nomes, e todas elas eram respeitadas de igual maneira. Por isso, aquilo que tinha observado na árvore eram as letas borboletas, e aquilo que naquele instante rastejava na mão do velho, era uma lagarta lota, que mais tarde, se transformaria em leta.
- Agora o tempo é teu, demora aquilo que precisares! Ah, e não te esqueças se ser gentil com as mãos da árvore, ou ela prega-te alguma rasteira.
Luís não conseguiu ouvir tudo o que o velho lhe disse, já se encontrava a trepar a árvore pelas suas mãos, e só conseguia ver o relógio que o ia levar até ao seu pai.
A árvore era gigantesca, mas em algumas alturas, parecia apoiar Luís na sua subida, como se os ramos fossem realmente mãos que naquele momento queriam aquilo que Luís também queria.
Depois de ramos e ramos, de oscilações e avanços, o rapaz que até há bem pouco tempo não tinha nome, chega ao topo e permanece imóvel quando se encontra finalmente frente-a-frente com o seu passado. Ganhou coragem, respirou fundo, e soprou para dentro do relógio. Foi aí que algo mágico aconteceu. Os ponteiros pareceram endoidecer, e andavam às voltas, a grande velocidade, esquecendo qualquer noção de minutos e segundos.
Até que finalmente pararam, e Luís aproximou-se para observar. Imagens começaram a surgir, não conhecia nenhuma daquelas pessoas, até que se espantou por conseguir ouvir o que diziam.
«- Luís, onde vais tão apressado?» conseguiu perceber que, aquele para quem se dirigiam, era o seu pai.
Ao que ele respondeu: «- A Ana fugiu com o meu filho! Tenho de impedir que embarque, ela vai arruinar a vida daquela criança!». Nesse instante, o seu pai, desata a correr, e pelos ponteiros, Luís consegue perceber que correu horas e horas, até que finalmente cedeu, e a imagem de um jovem desesperado, toma conta do relógio.
Mais uma vez os ponteiros começavam a girar mais depressa, avançando no tempo, até Luís voltar a ver o seu pai a vaguear como ele mesmo costumava fazer. Era já mais adulto, com vestes esfarrapadas, cabelos brancos, olhar triste, pés cansados e descalços. O relógio acalma então, e o seu pai chega à mesma praia que este havia chegado momentos antes, e faz exactamente o que ele fez. Luís afasta-se do relógio, e percebe que afinal havia alguém que se tinha preocupado com ele, alguém que conquistara os relógios por ele. E agora sabia-o!
Olhou para baixo e Mr.Smiley ainda lá continuava, apressou-se a descer, e abraçar com muita força o velho, que não conteve um sorriso de satisfação.
- Ai, os ponteiros que perdes a abraçar-me rapaz! – reclamou o velho, não conseguindo esconder a felicidade de um abraço que já tinha recebido há tempos atrás, quando viu o seu pai pela primeira vez.
- O que aconteceu ao meu pai, depois de conquistar o relógio? – indagou Luís.
- O teu pai está naquele relógio meu pequeno, o teu pai está dentro de ti, porque aquele relógio é teu, de mais ninguém.
Luís voltou a olhar o relógio tão grande, tão belo, e tão seu. Finalmente poderia senti-lo consigo, poderia correr de alegria, poderia deixar de esgotar as lágrimas do seu coração.
- Vá, vamos lá Mr.Smiley, os ponteiros estão a correr dentro da minha barriga!
Mr.Smiley olhou para Luís e desatou às gargalhadas. O pequeno intruso de olhar curioso, estava agora em casa.
- Até logo pai! – disse Luís, olhando de novo para o relógio – Não demorarei muito a vir visitar-te.
E lá seguiram ambos pelo caminho de areia, Luís com o braço colocado por cima do ombro do velho, e este sorridente, a tentar acompanhar o passo do novo piggle da cidade.

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segunda-feira, novembro 28, 2011 - 16:02

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