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Magia
Era um dia como tantos outros, apenas mais uma hora que se repetia na sequência temporal que nos acompanha, ou que acompanhamos, apenas mais uma cor de dia, essa já um pouco diferente das cores como as designamos; talvez uma mistura de azul, cinzento, branco. Não sei. Todavia, a sua mistura gerou uma imagem que ficou. Uma imagem que pretendo descrever com palavras, mas que se torna, por assim dizer, complexa por toda a complexidade inerente ao complexo da vida, ou da história, ou da imagem. Não sei se não serei eu a tornar tudo isto um pouco mais complexo. Vou tentar simplificar. Aquela imagem representa algo. Ou representou? Será essa a razão pela qual ela parece todos os dias diferente? Porque, exatamente naquele momento, ela era outra. De cada vez que penso nela na forma como era, ela deixa de o ser. Não queria que deixasse. Aquilo que ela me deu naquele momento está a ser de difícil acesso. Mas eu sei. E este sei leva-me a procurar e a tentar recuperar. Mas era o quê? Mesmo sendo diferente. Para além da cor, era um misto de amor e dor. Um paradoxo desconcertante, mas concertante. Gostei de o sentir. Senti receio, mas vontade de me aproximar. Senti calor e frio, plenitude e vazio. Mas que poder é este de algo que captei apenas com estes dois olhos que também são cor? Não são diferentes, mas não são o mesmo também. Qual seria a tua imagem? Com toda a certeza era uma imagem de uma imagem porque eu própria estava a ver uma imagem. Podem ser imagens em simultâneo? Desde que momento começou a ser imagem? Todo este balanço entre um estímulo que sou e um estímulo que é transformam e tornam esta imagem desfasada em relação àquilo que poderia ser simultâneo. E estou eu a desfasar, ou desfasada. Portanto, como posso querer recuperar algo que transformei? No entanto, algo não está certo. Aquilo em que me transformei pela imagem é também aquilo que a tua imagem parece ser. Isto é, de alguma forma, estas imagens encontraram uma forma de se juntar. Mas não fui eu porque eu estava a captar a imagem. Não foste tu porque estavas a transmiti-la. Então quem foi? Em que momento não sei, mas de repente, são a mesma. A mesma, mas por duas cores diferentes. Uma minha e uma tua. Se eu pudesse explicar tudo aquilo que pretendo, esta seria uma explicação que gostaria de encontrar. Houve um momento, talvez uma fração de segundos, não sei, mas houve. E nesse, algo mudou. Como algo que foi, ficou, tornou a ir para regressar. E nesse regresso trouxe algo mais. Trouxe-te. E tornou a ir para me levar. Agora eu estou ali, não só aqui, e tu estás aqui, não só ali. Talvez seja por isso que não vejo da mesma forma, mudei de lugar. Ou melhor, passei a estar em mais do que um lugar. E este que é novo, só podia ser diferente. Então, transformou ou acrescentou? É apenas uma soma, ou partes que se juntaram? Não sei se gosto de fazer este cálculo. A verdade é que, desta forma, tenho estado neste lugar para onde fui. E eu gosto dele. A descoberta, a nova, poderá realocar-me, e eu preciso de aqui estar. De repente, voltei para um lugar diferente, mas levada por ti. Ontem. Ainda bem que mudámos de lugar desta vez. Podemos continuar neste lugar? Por enquanto? Um painel duplo, acho que era esta a descrição que pretendia apresentar no início. Duas cores, duas imagens, magia, uma imagem. Magia depois?
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