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As princesas nem sempre podem sonhar...
A princesa abriu a caixa de música, meteu a bailarina de pé e ficou a vê-la rodopiar… Era assim que se sentia, uma bailarina presa dentro de uma caixa, andando em círculos, elegantemente, sem poder sequer soltar os cabelos sobre os ombros…
Toda a vida fora educada para brilhar, para ser um símbolo de perfeição e candura, as princesas quando nascem já trazem uma herança exigente de expectativas…
Antes, as pequenas princesas, eram educadas para serem meninas felizes mas comportadas, hoje é-lhes exigido que nasçam pequenas princesas adultas, que amadurecem depressa, e se cansam das bonecas antes de entrarem para a escola…
As pequenas princesas não devem ser infantis, para poderem orgulhar os pais que afinal queriam apenas irmãos…
Não devem dar gargalhadas muito altas, nem devem brincar com os joelhos no chão, a idade dos porquês passa-lhes ao lado porque são demasiado inteligentes para fazerem perguntas…
Na escola nunca podem ser boas, têm de ser as melhores de todas, para os pais as poderem enaltecer perante os outros pais…
Dar o seu melhor não serve para as princesas, o melhor delas tem de ser melhor q isso…
Cabe às pequenas princesas resolver as frustrações e concretizar as metas que os pais não conseguiram, afinal, nada mais são, do que extensões da sua personalidade modelo…
A princesa suspirou, olhou pela janela…
Sonhou em rasgar o vestido a subir árvores, magoar os joelhos por roça-los no chão, ter nódoas na roupa por comer tangerinas descascadas com as unhas…
Baixou os olhos, ajeitou a fita na cabeça num gesto mecânico, já se tinha habituado a estar sempre impecável…
Pegou na bailarina e partiu-a ao meio, aquela bailarina era demasiado feia para ser a sua bailarina, da sua caixa de música, do seu quarto…
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Comentários
Re: As princesas nem sempre podem sonhar...
parabéns Inês pelo excelente texto.
um beijo
Melo