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A furia das marionetas...

A mascara colou-se à cara, no meio do tormento das mentiras,
sufocou-a como um pano áspero no rosto...
O gosto a sangue na boca, como quem morde a língua sem querer...
A mentira saía sem ensaios, mas coerente, não podia ser louca ou inconsciente...
A alma a tremer, mas sem poder gritar...
Ela mordeu-se...
A alma nem podia chorar e ela sentiu-se mesquinha e egoísta, presa em mordaça...
A conquista, nunca a seduziu,
nunca gostou de caça,
há sempre alguém que morre no fim quando a arma dispara...
(Uns por fora, outros por dentro...)
O mundo não pára quando se quer,
nem a vida dos outros que esbarram no nosso caminho e nos oferecem o coração frágil de bandeja...
Porque me enches de carinho,
não, não é justo que assim seja...
Eu sabia que não podia,
mas desta vez a corda das marionetas fugiu, ou partiu-se....
Nunca me permiti, nunca...
Nunca me permiti...

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domingo, dezembro 13, 2009 - 02:06

Ministério da Poesia :

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Librisscriptaest

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