O facto de respirar …

O facto de respirar…

O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,

De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do

Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo

Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto

Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,

Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-

-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)

Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,

Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino

Me dita…

Joel Matos (17 de dezembro de 2021)

http: // joel-matos .blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Tuesday, January 4, 2022 - 12:51

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 5 days 14 hours ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

O facto de respirar… O ato de

O facto de respirar…

O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,

De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do

Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo

Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto

Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,

Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-

-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)

Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,

Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino

Me dita…

Joel Matos (17 de dezembro de 2021)

http: // joel-matos .blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

O facto de respirar… O ato de

O facto de respirar…

O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,

De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do

Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo

Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto

Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,

Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-

-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)

Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,

Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino

Me dita…

Joel Matos (17 de dezembro de 2021)

http: // joel-matos .blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

O facto de respirar… O ato de

O facto de respirar…

O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,

De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do

Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo

Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto

Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,

Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-

-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)

Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,

Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino

Me dita…

Joel Matos (17 de dezembro de 2021)

http: // joel-matos .blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/Aphorism segredo 10 2.610 11/28/2018 - 17:18 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism atlhleta 10 3.160 11/28/2018 - 17:16 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Regresso ao mar 10 2.309 11/28/2018 - 17:14 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism miopia humana 10 2.097 11/28/2018 - 17:12 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism gostaria 10 4.148 11/28/2018 - 17:10 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism irra 10 4.568 11/28/2018 - 17:07 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism passageiro do tempo 10 4.101 11/28/2018 - 17:06 Portuguese
Ministério da Poesia/Intervention urge 10 4.392 11/28/2018 - 17:03 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism chuvas 10 4.208 11/28/2018 - 17:01 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism mira 10 3.749 11/28/2018 - 16:49 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism alucinado 10 3.316 11/28/2018 - 16:47 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism os anjos 10 2.719 11/28/2018 - 16:46 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Dolce Panda 10 3.983 11/28/2018 - 16:44 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism AGUAS FURTADAS 10 4.325 11/28/2018 - 16:43 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism os anjos 10 4.553 11/28/2018 - 16:36 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Chic 10 8.013 11/28/2018 - 16:34 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Lápis 11 18.875 11/28/2018 - 16:33 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism Erva 10 4.053 11/28/2018 - 16:32 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism gripe 10 2.453 11/28/2018 - 16:30 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated phyllis 10 1.634 11/28/2018 - 16:29 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism candeias as avessas 10 5.606 11/28/2018 - 16:27 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism veneno 10 13.270 11/28/2018 - 16:26 Portuguese
Ministério da Poesia/Dedicated Iris 10 2.966 11/28/2018 - 16:24 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism espelho meu 10 3.256 11/28/2018 - 16:22 Portuguese
Ministério da Poesia/Aphorism seda 10 4.900 11/28/2018 - 16:21 Portuguese