A minha cabeça em Flor
Tenho a cabeça aberta ao que não me cumpro...
O corpo descansa na cabeça futura;
espera, ainda, a casa que não encontro na estrada.
Um dia serei sem dias.
Não terei calendário.
Serei ao vento...
-reconforto-me.
As mãos perguntam a primavera...
O sol desaba como àgua ardente.
E eu limito-me a desabrochar...
Dizem-me que assim é...
...a natureza das coisas...
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Friday, March 20, 2009 - 18:01
Poesia :
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Comments
Re: A minha cabeça em Flor
Também me reconforto com o dia em que "serei sem dias", nem o que seja da natureza das coisas.
Mas se for tão forte na garganta de alguém, como é o "sol desaba como água ardente", terá valido estar neste tempo de toda a gente.
Gostei do teu poema.
:-)
Re: A minha cabeça em Flor
Um dia serei sem dias.
Não terei calendário.
Serei ao vento...
O Outono infinito do poeta!!!
:-)
Re: A minha cabeça em Flor
Cito-te:
Um dia serei sem dias.
Não terei calendário.
Serei ao vento...
No climax da vida? Nessa transcendente iluminação a que também chamam NIRVANA; na morte?
É boa a tua poesia...
Dá que pensar...
e não esse um dever poético para além
de cantar os seus próprios males?
Abraço
Marco Dias
Re: A minha cabeça em Flor
compartilho toda manhã este sentimento quando tenho que abandonar, a revelia, a contemplação do sol refletido no mar para entrar na engrenagem que faz o mundo girar, mas antes do abandono tenho uma fração de segundo deste comtemplar...
Como todos, calou fundo minh'alma ( pois poeta tem minh'alma). Lindo poema.
Abraço. ;-)
Re: A minha cabeça em Flor
Bom poema.
A nossa eterna busca pelo fim dos ciclos da natureza...
Ou sonhamos apenas o que não temos?
Um abraço
Re: A minha cabeça em Flor
Tenho os olhos fechados ao mundo que reinvento, sempre que me toco
e me revejo no tempo que não existe...
Gostei muito
Bjs
Dolores