Cadências cálidas
Masturbo o pensamento
nas chamas do pântano
a luz quebra-se
e ainda a noite não caiu
nos mantos do horizonte…
Peregrinas emoções
que se sacodem pelos dedos
mornos de cinzas
a esvoaçarem pela terra…
Os verbos apocalípticos
soltam-se como penas
os dentes choram nostalgias
em união dos maxilares dormentes
…voam penas
num ar cansado
as esferas do planeta
imortalizam as cores
as partículas do vento
violam as cadências cálidas
o rio espera a nova vaga.
…e eu fico nas margens
em busca da ponte que as une
…a colossal imensidão
que se enquadra
…no meu olhar as águas estão serenas
prontas para o encontro
magistral com o mar
na foz do cais!
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Wednesday, June 13, 2012 - 20:16
Poesia :
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Comments
Lindo!
"...no meu olhar as águas estão serenas prontas para o encontro"
Retrato vivo do pensamento, neste nosso mundo imenso, que nos faz divagar.
As lágrimas sempre no canto do olho, à espreita.
Parabéns muinha amiga!
Gostei muito deste seu poema, majestoso!
Grande abraço!
Jorge Santos.