Carta ao Mundo

Homens que delavrastens o meu leito não tive vossa sorte, hoje persigo situações predestinadas, refém do futuro, rei do nada. Vocês Homens cuja a sorte vos acolheu como se fosses parte dela e como se todos vos curvassem a vénia.
Acusam-me ainda de mau humor contrário á alegria que vos cega da vida. O amanhã é tão certo como incerto, habitar na pobreza ou na tristeza de nunca ter sido nada, não ter dinheiro para um curso e muito menos meios trouxe-me o flagelo de não me poder expandir como se um Universo desse á luz mais um ser ou as ondas se rebentassem na Praia. Passais por ai, sorrindo, não sabeis nem a terça parte do que é sorrir a cada dia como um nada muito sofrido, mendigo serei, mas não me curvarei perante vós, jamais.
E acabo dizendo que pouco importa o que ontém fui, hoje sou, amanhã serei, importa-me só se-lo lá longe

Leonardo Garcias 11-07-2012