...(â)magos dos sentidos
...mágicos olhares perpetuam palavras
ritmos dançantes à flor da pele tocam sentidos
magias eleitas ao descalabro errante
suspeitas fulminantes volteiam veraneantes a esquecer abrigos
pedaços de eterno
palpitantes encarnações de sorrisos
fantasia ou realidade pedem-te escolhas em tropeços de candura dizem
fizeram-te escultura em bruto tatuado ao sol da tarde que encadeia razões
pensaste acabam-se as fadas os duendes o amor e o vulto arrepios na pele
e
morrem-te os sentidos a fazerem-se tarde na noite que amanhece em suspiros errantes
...sabias
sabes
mágico é o amor
o olhar o abraço a vida a vulgar tontura que te cerca a sussurar ternuras
o que não se explica aplica-se em cor
de cor fiz-me sal de pegadas em castelos por construir habitados pensamentos
segundos a parar no tempo assaz inolvidável mordaz
o amor tem
tem o gosto do algodão doce da infância a derreter ventos trocados de linhas que se tocam
sabes
sabemos que mágicos olhares perpetuam palavras
que o chão não é o que pisas
o céu não é azul tingido de branco marfim em brincadeiras de cabra-cega
o momento não é apenas um momento
o sentimento de cair sem cair a ser maior que o brilho que te seduz
queimam-te os sentidos
e a chuva seca de odores inanimados gagueja vadia indiscritíveis afagos
dizem
não há magia nem pai natal nem fadas nem duendes nem rotundas a dançar a polka
nem grilos falantes nem amores dilacerantes nem casas de chocolate a serem comidas por inocências
saltam à corda
mas sabes
sabias que tu
sabias que eu
e nós e os outros
aqueles outros
sabes
irmãos de sangue tépido a aquecer ilusões
sem serem vulgares laços de tempestades a unir clarões de brumas a esquecerem verdades
abraçamos causas maiores em sensações de fulgores de passos apressados
...fizeram-nos escultura em bruto tatuado ao sol da tarde que encadeia razões
mas dizem
apenas dizem sem dizer assim como quem sussura baixinho carícias de ocasião
o olhar o abraço a vida a vulgar tontura que te cerca a sussurar ternuras
tem o gosto do algodão doce da infância a derreter ventos trocados de linhas que se tocam a queimar sentidos onde mágicos olhares perpetuam palavras
e tu
e eu
somos amor lançado aos sete ventos em gritos de loucura.
Autoria de Ines Guerreiro
Poema retirado do meu blog: http://mythiksessions.blogspot.pt/2012/10/amagos-dos-sentidos.html
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Comments
Obrigada ***
Obrigada por leres Ricardo :)
***** bom bom muito bom.
*****
bom
bom
muito bom.