AI QUE SAUDADES EU TENHO!
Ai que saudades eu tenho
Ai que saudades que eu tenho das saudades que eu sentia,
Quando me beijavas e me ofertavas o que eu queria,
Tanto amor, tantos beijos, tantos abraços,
E agora, já nada acontece, a não ser alguns fracassos,
Que deixam cicatrizes na alma com a idade do tempo,
Por isso, agora sinto tantas saudades e me lamento.
Já perdemos a graça da juventude, ficaram os cabelos brancos,
Não são um nem dois, eles agora já são tantos,
Que cobrem as nossas cabeças, já não escondemos a idade,
Já não temos o alvorecer de outrora, apenas existe saudade,
Olhamos um para o outro apenas como mera recordação,
Doutros tempos áureos idos que sentimos no coração.
Ai que saudades eu tenho das saudades que eu sentia,
Quando entrava em casa e no meu amor te envolvia,
No teu sorriso de sonho, e num abraço repentino,
Que dávamos e hoje são apenas lembranças do destino,
E assim aprendemos a viver com as nossas recordações,
Mas com muitas e muitas saudades das nossas paixões.
O tempo é implacável, foi passando e nos envelheceu,
A força de algumas das nossas emoções se perdeu,
Mas continuamos juntos e não dispensamos a nossa companhia,
Embora sem o amor ardente da juventude e da euforia.
De vez em quando um com outro nos amuamos,
E tudo passa, dentro nosso velho ser, ainda nos amamos.
Ai que saudades que eu tenho, das saudades que eu sentia,
Quando criamos os nossos filhos, que nos enchiam a alma de alegria,
Com todo o amor que lhe demos e de tantas noites mal dormidas,
Mas foi muito bom, em vão não foram perdidas,
Pois eles, hoje são o nosso orgulho e a nossa continuidade,
Do nosso ser, da nossa vida e são a nossa felicidade.
Tavira, 28 de Julho de 2009 – Estêvão
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1940 reads
other contents of José Custódio Estêvão
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | ERA UMA VEZ | 0 | 1.752 | 04/25/2012 - 10:51 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | SER AMIGO | 0 | 2.739 | 04/25/2012 - 10:51 | Portuguese | |
Poesia/General | O MAL E O BEM | 0 | 2.482 | 04/25/2012 - 10:48 | Portuguese | |
Poesia/Love | CONCHA PRETA | 0 | 1.463 | 04/24/2012 - 10:20 | Portuguese | |
Prosas/Contos | ESTRELAS DO CÉU | 0 | 3.296 | 04/24/2012 - 10:09 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | INDIGNAÇÃO | 4 | 3.385 | 04/23/2012 - 21:48 | Portuguese | |
Poesia/General | SIM OU NÃO | 0 | 3.620 | 04/23/2012 - 10:59 | Portuguese | |
Poesia/General | ELA NUNCA FALHA | 0 | 3.446 | 04/23/2012 - 10:53 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | FLORES SILVESTRES | 0 | 2.037 | 04/22/2012 - 11:50 | Portuguese | |
Prosas/Contos | A TERRA E OS MANOS KIRI-KORÓ | 0 | 4.393 | 04/22/2012 - 11:43 | Portuguese | |
Poesia/Love | A BELA ADORMECIDA | 0 | 3.029 | 04/22/2012 - 11:38 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | CORES | 2 | 2.729 | 04/21/2012 - 15:57 | Portuguese | |
Poesia/General | A VERDADE | 2 | 1.857 | 04/21/2012 - 15:36 | Portuguese | |
Poesia/General | JULGAR | 2 | 2.015 | 04/21/2012 - 15:34 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | BRINQUEDOS | 0 | 2.591 | 04/21/2012 - 15:26 | Portuguese | |
Poesia/General | PINGO A PINGO | 1 | 2.298 | 04/21/2012 - 15:25 | Portuguese | |
Poesia/General | AQUELE MENINO | 1 | 2.569 | 04/21/2012 - 04:51 | Portuguese | |
Poesia/General | NAQUELA FONTE | 1 | 2.065 | 04/21/2012 - 04:48 | Portuguese | |
Poesia/General | RAÇAS | 1 | 2.570 | 04/21/2012 - 04:46 | Portuguese | |
Poesia/General | SONHOS DE MENINO | 3 | 2.549 | 04/21/2012 - 04:45 | Portuguese | |
Prosas/Mistério | ONDAS DO MAR | 1 | 4.182 | 04/21/2012 - 04:44 | Portuguese | |
Poesia/General | LOBOS DO MAR | 1 | 2.455 | 04/21/2012 - 04:43 | Portuguese | |
Poesia/General | A MINHA GATA | 1 | 1.241 | 04/21/2012 - 04:42 | Portuguese | |
Poesia/General | DIGNIDADE | 2 | 3.017 | 04/17/2012 - 10:34 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | IGNORADOS | 0 | 2.954 | 04/17/2012 - 10:07 | Portuguese |
Add comment