PRIMA VERA
Prima Vera
Chegou a minha prima Vera para me ver,
Vem carregada de flores, está linda de morrer,
Trouxe o Sol, o céu azul e as andorinhas,
E até as mãos já não estão frias, estão quentinhas.
Mas que linda está a minha prima Vera,
Todos os anos vem visitar-me, estou sempre à espera,
Abraço-a, beijo-a, e depois respiro o seu odor,
Das flores que traz consigo, é o cheiro do amor.
A minha prima Vera, todos os anos quando vem,
Traz-me uma recordação, o amor da minha mãe,
Para que nunca dela me esqueça enquanto viver,
A minha prima Vera, é linda de morrer.
A minha prima Vera é eterna gostava de ser com o ela,
Não tem as marcas do tempo, está sempre bela,
Nunca se nota a idade, tem sempre um ar adolescente,
Tudo floresce à sua volta, é sempre tão absorvente.
Eu sou um dos muitos dos primos que a Vera tem,
Desde que nasci todos os anos ela vem,
Enquanto eu vou lentamente envelhecendo,
São as marcas do tempo que eu vou conhecendo.
Há muitos anos que a minha prima Vera vem visitar-me,
Aparece sempre linda, sempre com o seu charme,
Não sei qual é o seu segredo da sua linda mocidade,
Pois à minha prima Vera nunca lhe perguntei a idade.
Eu não sei e nenhum dos primos como eu deve saber,
O tempo que ela tem, já tantos primos viu morrer,
Mas ela nunca morre, é imortal como o tempo,
Ainda temos outro primo que é da sua idade, o vento.
A minha prima Vera um dia a deixarei de ver,
Desconheço quando será e também não quero saber,
Quero abraçá-la vivendo o tempo para a poder amar,
Mas eu não queria partir sem primeiro a poder beijar.
Tavira, 21 de Março de 2011-Estêvão
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