Orientação Amarga
Não me interrogues
Sobre essas coisas confusas.
São como as estranhas vivências
De uma mente castigada pelo passado.
É a constante fraqueza a que tanto me quero desobrigar.
São as palavras aventuradas que tanto duvidas
E fazem de mim trapo que perde o fio de discurso
Já de si ofegante e tolo.
Que queres tu que eu proclame?
Que faça com um simples estalar de mágicos dedos
Desaparecer o rigor de um fundamento
Que é formado por motivos da própria vida e que não entendo?
Chama-me aquele nome da pessoa incapaz!
Faz de mim perfeita paixão esmorecida!
Ri, chora, acalma-te, revolta-te!
Revotla-te com a tua própria consistência quebradiça!
Que não te corra pelo pensamento
Tu não seres a razão da minha lassidão.
Sou sim, a fraca inútil que não consegue impedir
Que seja fixa uma escolha na vida para obrares a tua história!
Quando lentamente fechas os olhos
E reproduzes o momento na tua mente,
Expira e Liberta-te! Liberta-te!
Eu, ela, o nada.
Por algo terás de te guiar.
É o suporte de uma vida que nos coloca em pleno sarcasmo.
É a ironia de que nos queixamos.
______________________________________________________
Autor: Ana Pinto
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Comments
Re: Orientação Amarga
"Que queres tu que eu proclame?
Que faça com um simples estalar de mágicos dedos
Desaparecer o rigor de um fundamento
Que é formado por motivos da própria vida e que não entendo?"
Um desassossego q nasce da inquietação do outro, sobre si mesmo e sobre nós próprios...
E essas "coisas confusas" ganham pernas, ganham braços e tornam-se uma estranha demanda q perseguimos e nos perseguem todos os dias da nossa efémera vida!
Gostei bastante de te ler Kikinhas!
:)
Beijinho em ti!
Inês Dunas
Re: Orientação Amarga
Parabéns e obrigada pela partilha. Gostei muito de te ler. bj
Re: Orientação Amarga
Olá kikinhas, gostei muito de ler.
Foi a primeira vez que o fiz e não me arrependo!
Hei-de ler-te mais vezes.
Parabéns
Um beijo
rainbowsky