E quando tudo o que se finge é imperfeito
E quando mais nada
não se pode comparar
e a madrugada for o sentido
de quem está habituado a estar perdido
e a se encontrar.
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar e o mar nos vem ao peito.
E quando tudo o que se crê
é mais que a fé
acreditamos no que vem depois
e não sabemos porquê.
E quando mais nada se pode comparar
o mundo tem a nossa solidão
e o jogo é só aquele instante
em que o amor se faz no chão
e o sentido de acreditar
é mais que a força
de um gigante.
E quando tudo
não é mais nada
os olhos olham o espelho
e o corpo se vê mais velho.
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito.
Lobo 09
Submited by
Sunday, July 26, 2009 - 17:36
Poesia :
- Login to post comments
- 1233 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of lobo
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicated | A luta | 1 | 1.790 | 05/19/2012 - 16:16 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Podia dizer que os livros não servem para nada | 0 | 1.133 | 05/07/2012 - 20:28 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Agora mesmo nas mãos fechadas | 2 | 1.765 | 04/21/2012 - 04:12 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Aquele navio | 3 | 1.397 | 04/21/2012 - 04:11 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | A fome parecia uma equação | 1 | 1.573 | 04/07/2012 - 08:26 | Portuguese | |
Poesia/General | o chão de brasas | 2 | 1.145 | 03/18/2012 - 20:27 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Escutas a água | 0 | 1.434 | 01/23/2012 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Segues essa sinuosa estrada | 0 | 1.882 | 01/22/2012 - 23:58 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Na rua não ficou nada | 0 | 1.119 | 01/20/2012 - 00:13 | Portuguese | |
Poesia/General | Não havia pedra | 1 | 889 | 01/19/2012 - 23:40 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Agora estás parada no meio da linha branca e preta | 0 | 2.480 | 01/19/2012 - 20:05 | Portuguese | |
Poesia/General | Video game | 0 | 1.567 | 01/18/2012 - 23:38 | Portuguese | |
Poesia/General | A tua forma de sentir | 0 | 1.138 | 01/17/2012 - 00:34 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Se o natal faz frio | 1 | 1.556 | 01/13/2012 - 18:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Atravesso a estrada | 0 | 1.196 | 01/12/2012 - 21:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Deixa-me ler as tuas mãos | 0 | 1.500 | 01/11/2012 - 19:54 | Portuguese | |
Poesia/General | No outro lado | 0 | 950 | 01/10/2012 - 23:09 | Portuguese | |
Poesia/General | Apanha a solidao | 0 | 1.455 | 01/10/2012 - 17:20 | Portuguese | |
Poesia/General | Atirou uma pedra á cabeça | 0 | 1.402 | 01/10/2012 - 01:09 | Portuguese | |
Poesia/General | Havia essa rua estreita | 0 | 1.028 | 01/09/2012 - 01:08 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | A noite anda nos espelhos | 2 | 1.021 | 01/09/2012 - 00:27 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Acendo a floresta | 0 | 963 | 01/06/2012 - 15:28 | Portuguese | |
Poesia/General | Vou me despir | 0 | 1.408 | 01/06/2012 - 12:36 | Portuguese | |
Poesia/General | Quem mistura a chuva na farinha | 0 | 1.668 | 01/02/2012 - 19:22 | Portuguese | |
Poesia/General | O teu amor e um maço de cigarros | 0 | 1.824 | 01/02/2012 - 00:24 | Portuguese |
Comments
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Mais um excelente poema que encontro no WAF! :-)
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Que espetacular poema, tarnsformas um tema mundanal numa obra de arte.
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Simplesmente, gostei...
Abraço...
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
"E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito."
Bela imagem.
Abraço
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Lobo99!
Lindo, lindo, gostei e gosto do tema!
Por isso que dizem que a a fé, o pensamento e o meditar, movem montanhas!
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito.
MarneDulinski Luz, Vida e Amor - PAZ PROFUNDA
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
"a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito."
Caríssimo Lobo, por vezes entendo que não devíamos ter saído das águas, nosso primeiro habitat, fossem os sentimentos adquiridos através da terra: passos, passadas, percalços, descompassos. gostei. abraços, Pedro.