[A filosofia do povo]
[A filosofia do povo]
Se Sócrates ou Platão, tivessem pensando em uma forma de limpar a bunda, sem machucar o cú, ao invés de ficar delirando sobre a vida... Eles seriam lembrados por muito mais gente e não apenas por uma classe de universitários que se colocam acima do bem e do mal.
A falta de conexão com a realidade e o ser humano comum, faz com que a classe intelectual não tenha relevância nenhuma para aldeia, para vila, para a cidade ou para o mundo.
As pessoas tem um prazo de vida diferente em alguns lugares, porém se colocarmos na média de 70/80 anos, ninguém se importa pra onde vai e de onde vem. De uma forma geral o desejo é comprar, gastar, se divertir, sexo e quando não se pode evitar, chorar.
A pessoas desejam apenas segurança nesse processo chamado vida. Questões existenciais servem apenas para “gurus” e “pseudo intelectuais” ganharem dinheiro vendendo palestras. Falando o logico, para pessoas que não querem fazer o obvio.
O buraco profundo da filosofia, apenas faz perguntas rasas, quem não motivam o giro da roda, com dizeres enfadonhos e decorados. Por estas razões, quando a crise da existência bate à porta, os reles mortais buscam refúgio e respostas na religião.
Ninguém acostumado com a rotina, está preocupado com a história do universo. Apenas em ser feliz, sem ter que exercer sacrifícios. Animais nascem, vivem e morrem em ciclos viciosos. O ser humano por se dizer “racional”, não raramente esquece, que também possui os mesmos instintos de outros tantos que habitam a terra.
Por não compreender essa realidade é que vemos um meio intelectual ressentido, buscando sempre afirmação sobre os demais. Colocando-se como arauto da sabedoria, por vezes acreditando que seu intelecto deva ser mais valorizado que a mão de obra de uma gari ou faxineira. Mesmo que no mundo em que habitamos não vivemos sem os dois últimos. Porém o primeiro se torna totalmente dispensável em tempos de crise.
A filosofia do povo baseia-se no dia a dia, no café, almoço e janta. Entre um ônibus e outro a caminho ou volta do trabalho dá-se ao luxo de questionar sua insignificância no universo. E acaba sempre sendo interrompido pela chega no ponto final.
O mais perto possível de mitologias e literatura universal que as pessoas comuns chegam, é quando autores de novelas acrescentam em suas tramas tais fatos. Fazendo o público de uma forma geral acreditar, ser inédito o que se passa na tela da tv.
Universidades acabam sendo pequenas ilhas, aonde pessoas saciam-se lambendo o próprio saco na expectativa de serem elogiado por esse gesto. É por isso que especialistas sempre erram suas previsões, o universo intelectual sempre habita a orbita do universo real, mas nunca funde-se com ele, ficando aquém realidade das pessoas.
Na filosofia do povo, ganha dinheiro e atenção o banal. Aquilo que nunca sai do lugar, porque quem trabalha pra sobreviver, não tempo de ler pra se entreter.
Pablo Danielli
Submited by
Críticas :
- Login to post comments
- 7690 reads
other contents of Pablo Gabriel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Tristeza | O abraço que machuca | 0 | 3.549 | 01/28/2013 - 01:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Linhas Infinitas | 1 | 1.251 | 01/22/2013 - 19:30 | Portuguese | |
Prosas/Drama | Sangria | 0 | 3.734 | 01/22/2013 - 15:32 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Epiderme | 0 | 2.206 | 01/15/2013 - 19:00 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dias impossíveis | 0 | 1.589 | 01/11/2013 - 18:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Peças lascadas | 0 | 1.155 | 01/09/2013 - 11:38 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Meretriz Caida | 0 | 824 | 01/08/2013 - 00:40 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Por entre noites | 0 | 1.225 | 01/07/2013 - 22:15 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Da natureza (humana?). | 0 | 826 | 12/27/2012 - 12:36 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O que sabem? | 0 | 1.348 | 12/19/2012 - 11:09 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Absurdos | 0 | 791 | 12/14/2012 - 16:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Desejo comum | 1 | 1.259 | 12/10/2012 - 15:35 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Amanha | 1 | 1.771 | 12/04/2012 - 13:30 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Espirito natalino | 0 | 1.297 | 12/03/2012 - 17:13 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | De tanto ser | 0 | 1.156 | 11/22/2012 - 12:37 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dobrar os joelhos | 1 | 1.232 | 11/21/2012 - 22:56 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Pelos corredores | 0 | 1.214 | 11/20/2012 - 16:47 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Imagina na copa | 0 | 1.671 | 11/20/2012 - 14:39 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Bendito o livro | 0 | 1.087 | 11/14/2012 - 13:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | Amar | 0 | 1.080 | 11/05/2012 - 13:41 | Portuguese | |
Poesia/Love | Destes versos | 0 | 1.314 | 11/05/2012 - 13:10 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Poesia | 0 | 1.213 | 10/27/2012 - 00:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Não faz mal | 0 | 988 | 10/24/2012 - 15:21 | Portuguese | |
Prosas/Others | Aroma da realidade | 0 | 1.005 | 10/24/2012 - 12:27 | Portuguese | |
Poesia/Love | Olhos marejados | 0 | 1.132 | 10/24/2012 - 11:11 | Portuguese |
Add comment