QUANTO DARIA, AMOR!
Avizinhei-me do local
onde, um dia, me beijaste.
Sabia que não te encontraria.
O farol que outrora me levou ali
fez-se guia de tudo o que sonhaste.
Transformava cada amanhã
num breve agora.
Irradiava tristeza,
uma tristeza sombria, densa...
Já nada me prendia àquela praia,
como antigamente.
Abraçava-me somente
a saudade da tua presença.
Procurei algo
que iluminasse a minha mente
e me convidasse a estar,
a reviver, a recordar,
mas a minha alma nada reconhecia.
Faltavas tu.
Imaginei o cenário que vivi ali:
o sol, o mar,
o odor a maresia...
Um todo errado, rígido, cru,
porque faltavas tu.
Quanto daria, Amor,
por um minuto apenas,
abraçada a ti.
Quanto mal me faz não ver-te,
não sentir-te, não reviver
aquelas noites serenas
em que gerei mil sonhos...
mas nunca o de perder-te.
onde, um dia, me beijaste.
Sabia que não te encontraria.
O farol que outrora me levou ali
fez-se guia de tudo o que sonhaste.
Transformava cada amanhã
num breve agora.
Irradiava tristeza,
uma tristeza sombria, densa...
Já nada me prendia àquela praia,
como antigamente.
Abraçava-me somente
a saudade da tua presença.
Procurei algo
que iluminasse a minha mente
e me convidasse a estar,
a reviver, a recordar,
mas a minha alma nada reconhecia.
Faltavas tu.
Imaginei o cenário que vivi ali:
o sol, o mar,
o odor a maresia...
Um todo errado, rígido, cru,
porque faltavas tu.
Quanto daria, Amor,
por um minuto apenas,
abraçada a ti.
Quanto mal me faz não ver-te,
não sentir-te, não reviver
aquelas noites serenas
em que gerei mil sonhos...
mas nunca o de perder-te.
Maria Letr@
2021-02-28
Submited by
Sunday, February 28, 2021 - 02:11
Poesia :
- Login to post comments
- 2241 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Maria Letra
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | SE FOSSE... | 0 | 1.093 | 06/25/2015 - 14:53 | Portuguese | |
Prosas/Others | A AMBIÇÃO | 0 | 2.411 | 06/15/2015 - 18:18 | Portuguese | |
Poesia/General | AVERTI CONOSCIUTO - TER-TE CONHECIDO | 0 | 3.023 | 06/15/2015 - 18:15 | Portuguese | |
Poesia/General | MENSAGEM | 0 | 2.025 | 06/15/2015 - 16:54 | Portuguese | |
Poesia/Love | FOI NESSE DIA | 0 | 2.155 | 05/06/2015 - 10:35 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | UM ABRAÇO, MÃE | 0 | 2.287 | 05/03/2015 - 12:59 | Portuguese | |
Poesia/Love | MÃE-SER-OU-NÃO-SER | 0 | 7.825 | 05/03/2015 - 12:55 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | A FORÇA DO TRABALHADOR | 0 | 2.054 | 05/01/2015 - 13:27 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | TANTA TERRA! MUITA GUERRA! | 0 | 2.799 | 04/29/2015 - 20:31 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | CRAVOS SEM COR | 0 | 1.627 | 04/25/2015 - 16:56 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | MEU REFÚGIO | 0 | 2.786 | 04/22/2015 - 11:41 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | DO CONSCIENTE AO SONHO | 0 | 1.565 | 04/22/2015 - 11:40 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | ESTA VIDA É UM BAILE | 0 | 1.790 | 04/22/2015 - 11:36 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 03. POETRIX - Volume II | 0 | 3.123 | 02/20/2015 - 23:48 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 02. POETRIX - Volume II | 0 | 3.245 | 02/20/2015 - 14:44 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 01. POETRIX - Volume II | 0 | 3.418 | 02/19/2015 - 02:12 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 25. POETRIX - Volume I | 0 | 1.624 | 02/19/2015 - 01:09 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 24. POETRIX - Volume I | 0 | 2.952 | 02/14/2015 - 11:25 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 23. POETRIX - Volume I | 0 | 2.064 | 02/14/2015 - 11:22 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 22. POETRIX - Volume I | 0 | 5.368 | 02/14/2015 - 11:21 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 20. POETRIX - Volume I | 0 | 1.643 | 02/12/2015 - 18:54 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 19. POETRIX - Volume I | 0 | 1.484 | 02/12/2015 - 18:49 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 18. POETRIX - Volume I | 0 | 1.544 | 02/12/2015 - 18:09 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 17. POETRIX - Volume I | 0 | 3.979 | 02/11/2015 - 14:47 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | 16. POETRIX - Volume I | 0 | 1.992 | 02/11/2015 - 14:17 | Portuguese |
Comments
Coment
Só verdadeiros poetas
sabe desenvolver uma
narrativa prosa-poética
com esta maestria.
Parabéns. J. Thamiel
Em tempo:
Algumas pessoas neste site
postam prosas pensando que
estão fazendo poesias.
Lamento.
QUANTO DARIA_AMOR!
Muito grata pelo seu comentário, J. Thamiel. A minha poesia obedece mais a uma cadência agradável que pretendo manter em cada verso - em relação aos restantes - do que, propriamente, obedecer a regras que foram preestabelecidas pelos mestres na arte de escrever poesia. Sou um tanto uma "fora de lei" nesse aspecto.
Quanto à diferença entre poesia e a chamada "prosa poética" a que eu prefiro chamar "prosa melódica", lembra-me um pouco quando alguém põe uma série de pormenores românticos (ou não), na embalagem de um presente que oferece e um outro que o oferece embalado com alguma ternura mas sem quaisquer pormenores especiais. Os presentes podem valer exactamente o mesmo, mas um deles carece de alguns nada que valem muito. Será, depois, uma questão de preferências. Tanto para definir, à minha maneira e conforme sinto, a diferença entre poesia e prosa poética. Por exemplo, há casais românticos e casais nada românticos, mas isso não significa que amem mais ou menos. A diferença está, quanto a mim, apenas na forma como "embalam" as suas demonstrações de afecto um pelo outro. Não saberei se estará correcta a minha forma de sentir estas diferenças, mas sei que as sinto desta forma, preferindo distingui-las muito bem.
Boa semana, poeta!