AQUI, JAZ

Aracnídeos e delgados dedos naufragam no ar juntos,
 tentando sentir o dia estalando as juntas
e rumandotonto, rente ao teto, o tato tenta raspar
as moléculas multicores, flutuantes a bailar.

Minha alma solfeja em dó, dolentes melodias doridas.
Penetram no quardo o perfume das flores dormidas,
onde o corpo físico, está inerte no instante restante
e descansa no sufrágio de um estágio final e instigante.

A morte, por sorte, é  fugaz  e irrelevante
como um sorriso que não se decifra no instante.
A vida é apenas um estágio doce e falaz.
Um dia no espelho você vai ler: aqui jaz!

J.Thamiel

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Wednesday, July 24, 2024 - 13:40

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J. Thamiel

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