Meu amor!

Meu amor!

Meu amor é o puro raiar do dia,
Que se confunde a tez do lírio,
É doce encanto que encanta a alegria,
E um afluente que encorpa o rio.

É a pedra que rola abaixo na montanha,
E uma fonte que em si transborda,
É fino odor que ao céu caminha,
E um alpendre atrás da porta.

Meu amor é o sumo de um fruto,
E o sensível tato da mão,
É a euforia que lapida o diamante bruto,
E a estrela que brilha na escuridão.

Bem como a brisa, que ao toque refresca,
E o movimento de translação do mundo,
Também é a vara que ao lago pesca,
E uma pérola dormente ao mar profundo.

Meu amor é uma trilha
que ao horizonte se desdobra,
e o oceano que envolve a pequena ilha,
meu amor é a árvore que gera a sombra,
e a triste saudade da partida.

É o ar e o Mar, o luar e o calor,
é a vontade de voar, e o pranto da dor,
é o sonho alçado, e a certeza da vitória,
é o amparo do cajado, e o momento de glória.

Meu amor é o néctar colhido das flores,
e a voz que atenua os dissabores,
meu amor é a luz que cedo anuncia,
e a música que precipita tantos amores.

Poesia pertencente ao livro "As Borboletas não choram!" que será lançado em dezembro próximo.

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Wednesday, October 7, 2009 - 06:42

Poesia :

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CleberPaschoal

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Comments

FlaviaAssaife's picture

Re: Meu amor!

CleberPaschoal,

"Meu amor é o néctar colhido das flores,
e a voz que atenua os dissabores,
meu amor é a luz que cedo anuncia,
e a música que precipita tantos amores."

Lindos versos!

MarneDulinski's picture

Re: Meu amor!

CleberPaschoal!
Meu amor
Lindo seu poema, na qualidade de homem, gostaria de mandar algo parecido, para a mulher amada!
Quanto ao seu comentário ao pé do Poema, gostei muito, e faço de suas as minhas palavras também!

Acredito que o poeta seja uma espécie de artista que consegue ver nos fatos, circunstâncias, pessoas ou ocasiões, algo que ninguém mais vê. O poeta nasce assim não pode ser fabricado, treinado, mecanizado, ninguém se faz poeta, e sim respira poesia

MarneDulinski

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