Tacho

Ainda lhe pego numa esquina,
Passo-lhe à perna
E caio por cima,
Aí tu gritas e se arrenega,
Se mal diz da sua sina
Má hora foi brincar de cabra-cega.

Aí nos enrolamos no mato,
Nos enchemos de carrapicho
Depois de lambermos o tacho,
Tombando eu me espreguiço,
Sorrindo tu vem para os meus braços
E dali só saímos no lixo.

Não sei se é pecado ou não
Envenenar-se de amor até perder a vergonha,
Mas, faz um bem para o coração.
Não há tempo para cerimônia,
Se explodiu no peito que nem um rojão
Tem que viver e extrai dele a peçonha.