MARCAS NOS LENÇÓIS

Marcamos os lençóis
com os suores e
algo mais:
o mel que vem do prazer,
da vulva quente e molhada...
e o leite branco, viscoso, do teu lindo gozo...
Marcas que demonstram o quanto nos damos
nessa paixão, intensa, delirante
de dois amantes...
Marcas sim, minhas e tuas...
de almas nuas,
de prazeres e fantasias,
de palavras quentes e obscenas...
de ósculos esfomeados,
de cheiros exalados...

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O VINHO, TINTO,
DEIXO CAIR PELO ABDÔMEN
DESCENDO COMO RIO...
VEM, CONSOME!
LAMBE, SORVA-O...
E NO VERMELHO DO MEU SANGUE,
LEMBRA DO VINHO QUE SABOREIA AGORA
VEM ENTÃO, ME DEVORA...
A VULVA JÁ ESTÁ LATENTE
FISGA, QUEIMA
A MENINA...
QUER O SEU PAR ...
O TEU PÊNIS TESO,
NELA TOCAR...
A VULVA EXALA O CHEIRO DO PRAZER
AQUELE QUE TE CONVIDA A INALAR
INSPIRE O ODOR
DESSE MEU MEL QUE ESCORRE
PELA VULVA QUE TE ACOLHE...

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Mato tua fome, com o sabor
que há em mim...
dou-te os beijos que deseja
não será mais a tua peleja...
beijo-te todo
dos cabelos, até os pés...
mas paro então, naquele membro
que já fica teso
apenas com meus beijos...

A língua atrevida te dá a guarida
lambo a glande brilhante
de meu delicioso amante...
E um gemido tiro da tua boca
aliado a um pedido:
"Vem Fá, faz amor comigo"...

E eu, que não me faço de rogada
deito do teu lado,
para ser por ti, amada...
te farei todos os desejos
desde o beijo quente,
das bocas se engolindo,
até o coito, gostoso
que expira no ato do gozo...

Pequenos momentos de êxtase
que poderiam durar uma vida...
se soubermos nos deliciar
em cada gozo, que provarmos
ficando a marca na memória,
daquele momento, de completa glória...

FÁTIMA ABREU

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