Paz e amor

Tu és a paz que nunca chega
E o amor que nunca sinto
A luz no fundo de uma guerra
É por ti que neste mundo não vivo

Onde nunca estas para me sentir humano
Muitos se matam tentando te alcançar
Milhões morrem por cada ano
Que passa, e já mais conseguem te tocar

Em quanto eu vou escrevendo
Esperando pela tua chegada
Com o papel e a caneta lutando
Para não ti ver apenas desenhada

Nessas telas, que te vendem
Para ganharem algo
Roubam-nos dizendo obras de arte e não sentem
Por fazerem de ti um alvo

Coberto de cor branca
Para mim não tens cor
E não vives no jardim que o homem planta
És simplesmente paz e amor

Sem cor, sem símbolos representativos
És o transparente nos olhos de um cego
A esperança de todos seres vivos
Perdida num pequeno beco