Voz à morte
Faço de ti a minha razão de viver…fatalmente
Desfaço-me entre sonhos, murmúrios,
E poemas ácidos e opacos
Lanço, a lança à costela
Martirizo as palavras
Mascaro as falas
Masco a língua
Esquartejas minha pele
Com teus suspiros desfalecidos
Adensas a minha razão
Não desfazes minha ilusão
Atiras e cospes a primeira pedra
Omito-me, rasgo a minha voz
Ato as mãos…peço perdão
Os pulsos sangram, a mente transborda
O penúltimo desejo…
(Dito a ultima mensagem ao vento)
O fim chega silenciosamente,
Sem rodeios,
Sem propostas,
A esperança implode no peito
A morte recolhe o restante
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Wednesday, December 30, 2009 - 18:50
Poesia :
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Comments
Re: Voz à morte
Os versos do poema podem ser invertidos de baixo para cima e manter o sentido geral... mas com uma dinamica diferente ao nivel da musicalidade.
Muito interessante, muito bem escrito. beijo.
Re: Voz à morte
o ser esquartejado pela omnipresença da morte
Um texto fatal, entre a dor e a vida, entre a voz e o silêncio, entre o sonho e a morte
gostei mto
bjos
Re: Voz à morte
LINDO POEMA, GOSTEI!
FELIZ 2010, CHEIO DE BOAS REALIZAÇÕES!
Marne
Re: Voz à morte
Belo poema.
Gostei muito.
Um abraço,
REF
Re: Voz à morte
A morte...quem não pensa nesse flagelo?
Bonito momento de reflexão ao ler a tua mensagem
há pessoas vivas que é como se estivessem mortas... e há pessoas mortas que é como se estivessem vivas face a não só lindas histórias de morrer deixadas na terra bem como histórias horriveis que fazem temer qualquer um na vasta terra.
Um feliz ano novo junto dos que te rodeiam! :-)
Re: Voz à morte
Isabel,
Um poema forte na conotação de fim e morte, mas belo na escolha criteriosa das imagens poéticas.
Beijinhos e Feliz Ano Novo de 2010
Nanda
Re: Voz à morte
IsabelPinto,
Soube expressar-se com candura e ao mesmo tempo com força sobre tal temática.
Abraços,
Alcantra