CAMINHAR

CAMINHAR

Tentando olhar mais adiante,
Escondendo das sobras pendentes
Mergulhadas no silencio momentâneo
Profundo como fechar dos olhos,
Ouvindo mil sons conflitando com a veracidade
Contida em um jarro preste a escorregar
Amargando a gota faltante
Merecida morte que caminha ao encontro.
Imagem pendente da invisibilidade
No esboço refletido,
Havendo um tempo esquecido
Atrás da cortina do obscuro,
No cruzar a linha imaginaria que separa o amanhã
Tentado pelo hoje caminhante
Escondendo entre os ponteiros incessantes.
Merecido descanso carnal.
Em que em fecho os olhos
Respingado de chuva da manhã passada
Guardando as linhas em meu bolso molhado
Uma historia borrada e amanhecida
Levemente vivida em meio as frágeis paredes do tempo
Havendo um tempo caminhante
Onde se mede com o peso da idade
No fim de cada ano imaginário
Onde se depara com o vazio do nada
Vagando no vácuo escuro e sombrio
Atormentado por perguntas que sempre estarão
Zeradas de respostas só restando
Imaginações curiosas e decepção das limitações
Onde só resta olhar para as estrelas......

Aparecido Luis Ferreira