AO MEU FILHO Se te perguntarem...
Diz...
Que por vezes sou o mar,
De gigantescas ondas em fúria
Onde as gaivotas a esvoaçar,
Rodopiam em voos tresloucados
Fugindo de tanta procura!
Outras …
Apenas sou um barco solitário,
Procurando o sol e a brisa,
Os abraços rústicos do vento,
E o sórdido silêncio da lua!
Se perguntarem quem sou…
Diz...
Que por vezes sou uma baleia,
Respirando insegura à tona de agua.
Expulsando a cruel agonia,
De ser selvaticamente golpeada.
Outras…
Apenas a luz da imensa revolta,
Que se reflecte nessa denuncia!
Diz …
Que por vezes sou uma onda
Correndo enraivecida,
que se agiganta!
Outras...
Uma triste e solitária andorinha
Cansada de tanta aventura.
Se perguntarem quem sou…
Diz …
Que por vezes sou imprevisível
como o vento,
Varrendo as folhas ressequidas,
Outras…
A flor agreste e altiva
Que nasce e morre nos montes!
Diz…
Que por vezes sou a luz cintilante,
Que afaga o teu belo olhar.
Outras…
A razão sempre enaltecida
De renascer... para te AMAR!
(VÓNY FERREIRA)
NOTA: Todos os poemas, e textos estão registados
Registo nº3329/2008 (Último Registo efectuado em Março 2009) Soc. Portuguesa de Autores e IGAC
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Thursday, January 7, 2010 - 20:17
Poesia :
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Comments
Re: AO MEU FILHO Se te perguntarem...
Manuela,
é sempre com muito prazer que recebo os seus
consistentes comentários e apraz-me registar
que tenha apreciado este poema.
Beijo e muito obrigada
Vóny Ferreira
Oh... Gisa!!
Muito obrigada.
Mãe orgulhosa do seu único e rebento sou.
O resto, é a poesia que me instiga a
ousar... escrever, porque senti-la em cada
poro do meu corpo, isso... sinto!
Muito obrigada pelo comentário
Abraço,
Vóny Ferreira
Re: AO MEU FILHO Se te perguntarem...
Olá Vony
Parabéns pelo belo poema aonde expressa vários estados da alma utilizando elementos da natureza, o mar, o vento, o sol entre outros. A sua mensagem lírica é bem trabalhada sendo visivel uma coberta de figuras estilisticas o a que enriquece ainda mais.
bjo :-)
Re: AO MEU FILHO Se te perguntarem...
Vony,
Os filhos são os tesouros mais preciosos de nossas vidas... Por eles deixamos de viver... gostaríamos de sempre os proteger... Mas eles crescem, traçam seus próprios caminhos e a nós, nos cabe estar sempre no ninho, prontas para confortá-los quando em desalinho...
Sua poesia expressa em lindos versos um ser humano e seu processo de crescimento...
Lindo demais em essência... amor de mãe é incontestável...
Beijos