Tudo em mim parou
Se é que o mundo tem fim,
Ele se acaba em mim,
Eu sou o fim do mundo,
Em mim se acaba tudo,
Sou o buraco mais profundo,
Em mim se acaba as guerras,
Em mim se apagam as luzes,
Em mim se encontra as terras,
E todos os tons de azuis,
Sou o pico mais alto das serras,
Em mim está o conhecimento,
Esperando ser alcançado,
Em mim nasce um moinho de vento,
Tal a fúria de um revoltado,
Vivendo em eterno tormento,
Em mim nasce à poesia,
Sofrida de um pelourinho,
De quando açoitado e o negro sofria,
E ele por ser sozinho,
Gritava e ninguém ouvia,
Em mim mora uma estrela,
Junto aos raios do sol,
Sou telhas das cumeeiras,
Das casas do cafundó,
Cercadas por cachoeiras,
Em mim mora uma tristeza
Ao lado de um carnaval,
Esperando alguém que esteja,
Contente ou triste, etc. e tal,
Para colher o que ela deseja,
Em mim há um oceano,
Com milhas e milhas de extensão,
Com seu corpo inteiro doando,
A quem vive sobre embarcação,
E nada em troca cobrando,
E assim tudo em mim parou,
Uma espécie de maldição,
Nem sei quem foi que colocou,
Essa bomba sobre as minhas mãos,
Por pouco já não detonou,
Em mim nasce os problemas,
Também nasce à solução,
Sou parte de um teorema,
Que ainda não foi criado não,
Sou éter, sou alfazema,
Toda essa fantasia,
Passou-se no meu coração,
Exatamente num belo dia,
Que eu estava na solidão,
Na mais completa maresia.
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Poesia :
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Comments
Re: Tudo em mim parou
Sou o buraco mais profundo...
O poeta é o infinito!!!
:-)
Re: Tudo em mim parou
Olá poeta
É na solidão que se da volta no coração
deixa a alma levitar e dai sai a inspiração
Lindo poema
Beijinhos no coração