A vida corre para um rio chamado morte
Vermelho é a cor da vida,
corre sempre o sangue suprindo nossas células...
Os beijos maltratam quem observa,
vermelho é a cor da morte.
Os cenários mudam ao longo da margem,
vermelho é o rio que corre para o mar do esquecimento...
Seres se reproduzem e sobrevivem sem que o ambiente autorize.
A cor das águas que acumulam a dor é vermelha.
A vida é um instante.
Acaba no momento certo.
Ninguém tem a vida interrompida mas, encerrada.
A vida é um pleonasmo de achar que é o que não deve ser.
A vida corre para um rio chamado morte,
a síntese de uma poesia sem pra quê, ou quem.
A vida é julgar que nada é suficiente para quem quer tudo.
A vida é lavar constantemente o que suja e precisa de limpeza.
E nem a repetição me deixa finalizar,
a vida é a chatisse de quem se diz melhor por que vive diferente.
Ao lado direito, outro coração central.
A vida é a besteira de sentir e agir, ou agir pra prosseguir.
E todas a folhas caem na beira outonal,
todas as lavas eclodem para a perpetuação de insetos,
todas as espécies dependem do semelhante para dar sentido a sua existência,
todos os corpos fedem quando morrem no fim.
A vida é um mar que aguarda o rio.
O rio da vida que seca antes da primavera polar.
Antes do sol reaparecer, escuridão é esperança compartilhada,
antes do cérebro trabalhar, a morte é anunciada.
Vermelho é a cor....
Vermelho da disputa do Norte,
vermelho é dor...
Vermelho é o anúncio da morte.
Poema meu postado no site no endereço eletronico abaixo
http://www.euautor.com.br/obra_mostra.asp?IDTexto=17097&IdTipo=5&IdCat=10
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 752 reads
Add comment
other contents of robsondesouza
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Disillusion | Poesia do desamor | 0 | 1.235 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditation | Leituras de uma vida | 0 | 864 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O Poeta | 0 | 871 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditation | Em virtude de mim | 0 | 517 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Love | Ao silêncio resta o entendimento | 0 | 754 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditation | Quando os sons se tornam luz | 0 | 657 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Meretrícios | 0 | 1.082 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sadness | Nas últimas | 0 | 835 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Disillusion | Mentes | 0 | 972 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Disillusion | Era uma vez uma poesia | 0 | 813 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Love | Para o amor que é amado | 0 | 657 | 11/19/2010 - 19:19 | Portuguese | |
Prosas/Drama | A apelação | 0 | 1.036 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Niilismo cantado | 0 | 1.242 | 11/18/2010 - 16:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Poesia Autodestrutiva (4ª parte) | 0 | 681 | 11/18/2010 - 16:01 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Poesia Autodestrutiva (3 ª parte) | 0 | 990 | 11/18/2010 - 16:01 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | Entretanto e Porém | 0 | 782 | 11/18/2010 - 15:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Apogeu | 0 | 1.188 | 09/15/2010 - 15:12 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Entre-te a ti para que eu entenda-me! | 1 | 644 | 09/08/2010 - 02:37 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Falei meus planos toscos a uma semana tola | 3 | 498 | 09/01/2010 - 01:13 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Sabes da dor chorada na inexistência das lágrimas? | 1 | 495 | 08/16/2010 - 23:07 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Certo, façamos poesia! | 2 | 728 | 07/18/2010 - 13:12 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Cara... A falta faz Coroa | 1 | 633 | 07/17/2010 - 23:32 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Enganos convictos sobre a certeza do equívoco | 1 | 836 | 07/04/2010 - 13:41 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Duma folha que cai, imagens que surgem... | 1 | 492 | 07/01/2010 - 19:52 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | O dia em que eu não nasci | 1 | 547 | 06/30/2010 - 21:32 | Portuguese |
Comments
Re: A vida corre para um rio chamado morte
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
Roberto
Re: A vida corre para um rio chamado morte
todas as espécies dependem do semelhante para dar sentido a sua existência,
Robson, este é um grande poema, tal como o é, o sentido que damos à vida. Se sós ou acompanhados, somos sempre uma extensão do outro.
Vermelho é a cor de uma viagem por tempo indefinido, transcrevendo toda a força que corre pelas nossas artérias. Vermelho é também a cor associada à paixão, à força enraizada em nós.
Um poema que gostei muito de ler
beijo
Matilde D'Ônix
Re: A vida corre para um rio chamado morte
LINDÍSSIMO POEMA, GOSTEI, COM ALGUMAS PEQUENAS RESTRIÇÕES!
Meus parabéns,
Marne