Ponto de mutação
Quantos olhos são necessários para ver o sol se por?
quantos matizes são necessários para chamarmos isso de cor?
quantos pássaros são necessários para voar?
quantos palcos são necessários para encenar?
Tão perdida estava eu no meu mundo privado
que privada fiquei eu em meu mundo imaginado
Esqueci que além da janela, há um mundo lá fora
que a vida é vela, que se apaga a qualquer hora.
Esqueci que além do teto existe azul céu
que as abelhas picam, mas fazem também mel.
Que existe um amor que transcende um simples ato
que existe em toda parte, não só dentro de um quarto.
Assim eu decidi sair deste escuro poço sem fundo,
Desisti de amar um homem, aprenderei a amar o mundo.
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Wednesday, March 10, 2010 - 13:15
Poesia :
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Comments
Re: Ponto de mutação
Analyra
Abrir os olhos e o coração para mundo
que pulsa lá fora, não só abraçar o mundo
mas abraçar-se a si própria, tudo isso é viver.
Bjs.
Ulysses
Re: Ponto de mutação
Fantástico
Assim eu decidi sair deste escuro poço sem fundo,
Desisti de amar um homem, aprenderei a amar o mundo.
Encontrarás no teu coração o próprio poço sem fundo onde cabe com certeza um amor capaz de amar o mundo.
Abraço
Nuno
Re: Ponto de mutação
O que me fascina na tua poesia é que ela
reflecte indiscutivelmente uma emotividade
que eu pessoalmente aprecio muito na poesia.
É o que eu apelido de escrever com alma.
Muito, muito belo o poema, querida.
Que reencontres a tua felicidade!
Que aconteça por consequência poesia
na tua vida renovada.
Beijo
Vóny Ferreira
Re: Ponto de mutação
Querida amiga Ana.
Escreveste lindamente este poema. Notadamente, os dois últimos versos, quais sejam:
"Assim eu decidi sair deste escuro poço sem fundo,
Desisti de amar um homem, aprenderei a amar o mundo."
Beijo,
Roberto
Re: Ponto de mutação
A vida é bela, mas é uma vela que se apaga a qualquer hora.
Resta-nos bailar com a chama e amar o próximo momento!!!
:-)