E quando falta a inspiração, o que fazer?

De repente um branco...

Não é o branco estirado sobre a mesa
Nem o branco do papel de seda enrolado em alusão a um cigarro..

De repente um branco...

Desses, inquisitores, intolerantes...
Deses... pedófilos filhos de uma só puta...

De repente o sádico pareceu equilibrado
E o fariseu sentou-se à frente deste mesmo texto

E o amante ficou menos romantico
Pois romantismo tornou-se mal sob investigação de algum órgão público forjado a interesses subliminares

E a mensagem é mais direta
E esses poetas-amebas-imbecís-idolatras passaram para o lado da cura...

Tudo é possível, caríssimo eu-mesmo...

Eu tenho personalidades que fazem de mim um único a mais
Jogado entre vermes e carne fresca, eu sou a terra destinatária do vosso corpo

É até bom a inspiração faltar...
Agora eu posso falar das ilegalidades do mundo e olhar para mim, quase olhando a ti

Sabem, amadores, digo, amantes?
Antes o beijo da felicidade escolhida e, não a atribuida
Antes os fins que não são justificados pelos meios que meios dos quais fins são justo o fim injustificado

Acato! Parei!
Desculpe-me pelo "filhos de uma só puta"...
Quando a inspiração falta, atrevo-me a dizer mais de uma verdade a mais de uma pessoa:
Eu mesmo!