Nada tido, sem sentido
Nada tido, sem sentido
Nada tido
Sem sentido.
Palavra oculta
Sente culpa
Nada diz
É feliz.
O mundo sente
Palavra não mente
Tudo expressa
Nesta grande peça;
Palavra parida
É próprio da vida
Palavra sem nexo
Universo complexo;
Caminho armadilha
Poeta que brilha
Ao sabor de versos
De sonhos dispersos.
Escreve, é feliz
Texto que condiz.
Sofre, escreve
Esta felicidade é breve?!
É eterna enquanto dura
É sentimento de escravatura?!
É ~l~i~b~e~r~d~a~d~e~
É vontade
É terapia
De anomalia
Euforia
É carta de alforria.
Nada tido
Sem sentido.
Anomalia
Não é agonia.
Normal
É disfuncional.
Palavra desgarrada
Em versos apanhada
Metáfora inventada
Rima alucinada
Que diz, nada!
Eufemismo
Disfemismo
Ironia
Alegoria
Palavra tida
Contrapartida
Emoção
Em ebulição
Alma a latejar
As palavras a jorrar
Oceano tumultuoso
Tsunami de gozo
Arraial de excitação
Viagem ao coração.
Mente alucinada
Extravasada
Esvaziada
Apressada
Sangue a ferver
Versos a escrever!
Nada tido
Sem sentido!
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Clarisse
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Comments
Re: Nada tido, sem sentido
Clarisse,
Nesse teu poema as palavras ritmicamente cantam todos os sentidos.
Para mim faz o maior sentido a tua bela,profunda poesia...
Adorei!
Bj.
Suzete.
Re: Nada tido, sem sentido
Olá Suzete,
Agradeço a passagem e o gentil comentário.
Beijo,
Clarisse
Re: Nada tido, sem sentido
Um belo poema sentido consentido e que faz todo o sentido.
Adorei.
Beijinho.
Re: Nada tido, sem sentido
AnaMar,
Uma alergia o seu comentário! :-)
Grata!!
Beijos,
Clarisse
Re: Nada tido, sem sentido
Belissimo poema Clarisse, escorrido da alma para o papel, com sentido, com significado ao sentimento.
Gostei imenso
Beijo
Nuno
Re: Nada tido, sem sentido
Olá Nuno,
E eu gostei imenso que tenhas gostado imenso. :-)
Grata.
Beijos,
Clarisse
Re: Nada tido, sem sentido
Olá Dany,
Agradeço-te o comentário e a atenção.
Beijinhos.
Olá Carla,
A escrita é libertadora, sem margem para dúvidas.
Grata.
Beijinhos
Clarisse
Re: Nada tido, sem sentido
Até pode ser um nada tido, mas fica com muito sentido quando é uma carta de alforria que nos conduz a uma escrita libertadora.
Beijinho
Carla