POEMA AO NATURAL

Rasgaram-se as carnes
ao grito de guerra
e em dores de partida,
ânsias de chegada,
fez-se luz nascida
a vida anunciada
pelo estremecer da terra
de véspera arada.

E no peito arfante
um coração cansado
explode emoção,
como se o descanso
tivesse chegado
(que leda ilusão!)
e com ele o amor
há tanto esperado!

E o poema faz-se,
em entrega e papel,
a poesia acontece,
escrita na pele...

Rasgam-se cordões,
cravam-se raízes,
e é tudo tão simples,
tão natural,
quanto o momento
intenso e fecundo
em que uma mãe põe
um filho no mundo!...

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Thursday, June 24, 2010 - 09:58

Poesia :

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Sterea

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Lopez's picture

Re: POEMA AO NATURAL

Submitted by Lopez on Fri, 06/25/2010 - 13:39.

Marcante, o poema escorre e nasce numa tela. Amei. bj

analyra's picture

Re: POEMA AO NATURAL

Submitted by analyra on Thu, 06/24/2010 - 18:59.

Processo criativo, tão próprio e pessoal como gerar um filho.
Belíssimo poema.
Adorei, cada vez gosto mais de ler-te.
Beijos.

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