Mártir
pena que se trate de mim mesmo, que de meu interesse seja,
que pena que fugir de mim, não posso, uma vez que
precedi morrer em minha própria vida, e se pudesse
eu, mudar as coisas alheias à mim, e não precisar suportar
coisas para adaptar-me, minha mente conceberia as imagens distorcidas do mundo, interpretando-as como ilusões
ora, mas a quem posso enganar? isso é o que sou e nada mais
e menos, o que sou é realmente descrito separadamente de meu corpo, por perceber, que minha essência, e minha alma, não pertencem ao mesmo. Mas a minha razão não o domina, apenas o desejo, este serve-lhe como um banquete de torturas, sofrimentos mundanos e injúrias vindas de bocas imundas que nunca se calam
digo, que me assemelho à um mero irracional sem o poder de cativar todos que admiro.
o mártir de tudo sou apenas eu, então preciso deitar-me, calar-me e ficar no aguardo por um ser melhor brotar de minha própria essência, e varrer as angústias, limpar as lágrimas, lavar os pés, desse ser que resido para não abster-me da vida humana, tentando atingir a coesão entre o mesmo, e a vida comum terrestre.
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Re: Mártir
Mas a minha razão não o domina, apenas o desejo, este serve-lhe como um banquete de torturas, sofrimentos mundanos e injúrias vindas de bocas imundas que nunca se calam
digo, que me assemelho à um mero irracional sem o poder de cativar todos que admiro.
Bravo!!!
Assim se demoram as horas!!!
:-)