Desregrado e desafinado.
Sem reticências e sem ponto final,
Este é o amor que consome
Vísceras e neurônios,
Este é o amor que destrói anjos
E constrói demônios.
Este é o amor de inúmeras vertentes
Que jamais conseguirá ser lacônico.
Às vezes nos perguntamos
Por que amamos tal pessoa,
Às vezes nos perguntamos
Por que tal pessoa nos ama,
E muitas vezes nos questionamos
Por que tal pessoa não nos ama.
Às vezes amamos quem não nos apetece,
Às vezes odiamos quem realmente nos merece,
(pois é, acontece).
É assim o amor...
Às vezes injusto.
Mas quem quer saber?
Estamos ocupados demais amando,
Ou procurando um amor para a vida inteira;
Não queremos saber de justiça quanto a isto.
Não há tribunal que condene o ato de amar.
Mas existe o amor que nos prende
Em grades imaginárias
E nos faz padecer como se estivéssemos
No corredor da morte
Esperando pela cadeira elétrica.
É assim o amor...
Que às vezes segue nas batidas
Lentas e compassadas de um coração,
E às vezes segue nas batidas
Aceleradas e descompassadas
Deste mesmo coração.
O amor verdadeiro é totalmente sem regras,
Pois se assim não fosse, não seria amor.
O amor de que escrevo não possui definição,
Não é detentor de razão
E muitas vezes é guiado somente pela emoção.
O amor de que escrevo é o sentimento sem fim,
É o elo de dois mundos que se funde
Muitas vezes em uma só pessoa,
Fazendo nascer assim
A desdita da desilusão.
O amor de que escrevo é o amor desregrado,
Desgarrado, desajustado e desatinado,
É o amor que horas parece soar
Como uma bela canção,
Horas parece desafinado.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1821 reads
Add comment
other contents of Brunorico
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | Sei lá! | 1 | 635 | 03/04/2010 - 19:57 | Portuguese | |
Poesia/General | Ao contrário | 2 | 544 | 03/04/2010 - 19:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Forças da natureza. | 3 | 530 | 03/04/2010 - 17:13 | Portuguese | |
Poesia/General | Vidas em rascunhos. | 2 | 695 | 03/04/2010 - 17:12 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | Poetas mortos | 2 | 518 | 03/04/2010 - 16:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Quarto escuro | 1 | 616 | 03/04/2010 - 16:31 | Portuguese | |
Poesia/Love | Entre sustenidos e bemóis. | 1 | 637 | 03/04/2010 - 16:21 | Portuguese | |
Poesia/General | Vento ventania. | 1 | 618 | 03/04/2010 - 15:54 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Agonia! | 1 | 810 | 03/04/2010 - 15:51 | Portuguese | |
Poesia/General | Ciclo da vida. | 1 | 690 | 03/04/2010 - 15:47 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Confissões de um palhaço. | 2 | 1.399 | 03/04/2010 - 14:35 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | Traidora poesia | 1 | 612 | 03/04/2010 - 14:33 | Portuguese | |
Poesia/General | Pequenos impolutos. | 3 | 479 | 02/21/2010 - 19:07 | Portuguese | |
Poesia/General | Acabou o carnaval. | 3 | 647 | 02/18/2010 - 18:01 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O sábio que vivia só. | 3 | 383 | 01/16/2010 - 01:11 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | A luz que me inspira. | 2 | 664 | 01/11/2010 - 12:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Fogueira dos poetas. | 6 | 568 | 12/29/2009 - 23:28 | Portuguese | |
Poesia/General | O ilusionista. | 3 | 636 | 12/26/2009 - 03:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Efeméride da ilusão. | 2 | 625 | 12/25/2009 - 13:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Garatujas mundanas. | 3 | 612 | 12/14/2009 - 13:04 | Portuguese | |
Poesia/Love | A frase que faltou. | 4 | 648 | 12/13/2009 - 23:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Anjos da anunciação da vida. | 3 | 636 | 12/13/2009 - 22:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Fábrica de cata-ventos. | 4 | 591 | 12/01/2009 - 01:09 | Portuguese | |
Poesia/General | Outro eu. | 3 | 503 | 11/25/2009 - 18:07 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Desejos e devaneios. | 2 | 675 | 11/15/2009 - 00:58 | Portuguese |
Comments
Re: Desregrado e desafinado.
Brunorico,
O amor em suas formas, o amor em seus tons, o amor
Destaco:
É o amor que horas parece soar
Como uma bela canção,
Horas parece desafinado.
Belo poema como sempre o é.
Cecilia Iacona
Re: Desregrado e desafinado.
definiste o amor como:
"Como uma bela canção,
Horas parace desafinado."
Lindo!!!Gostei!!!
Varenka