Desregrado e desafinado.
Sem reticências e sem ponto final,
Este é o amor que consome
Vísceras e neurônios,
Este é o amor que destrói anjos
E constrói demônios.
Este é o amor de inúmeras vertentes
Que jamais conseguirá ser lacônico.
Às vezes nos perguntamos
Por que amamos tal pessoa,
Às vezes nos perguntamos
Por que tal pessoa nos ama,
E muitas vezes nos questionamos
Por que tal pessoa não nos ama.
Às vezes amamos quem não nos apetece,
Às vezes odiamos quem realmente nos merece,
(pois é, acontece).
É assim o amor...
Às vezes injusto.
Mas quem quer saber?
Estamos ocupados demais amando,
Ou procurando um amor para a vida inteira;
Não queremos saber de justiça quanto a isto.
Não há tribunal que condene o ato de amar.
Mas existe o amor que nos prende
Em grades imaginárias
E nos faz padecer como se estivéssemos
No corredor da morte
Esperando pela cadeira elétrica.
É assim o amor...
Que às vezes segue nas batidas
Lentas e compassadas de um coração,
E às vezes segue nas batidas
Aceleradas e descompassadas
Deste mesmo coração.
O amor verdadeiro é totalmente sem regras,
Pois se assim não fosse, não seria amor.
O amor de que escrevo não possui definição,
Não é detentor de razão
E muitas vezes é guiado somente pela emoção.
O amor de que escrevo é o sentimento sem fim,
É o elo de dois mundos que se funde
Muitas vezes em uma só pessoa,
Fazendo nascer assim
A desdita da desilusão.
O amor de que escrevo é o amor desregrado,
Desgarrado, desajustado e desatinado,
É o amor que horas parece soar
Como uma bela canção,
Horas parece desafinado.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1813 reads
Add comment
other contents of Brunorico
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Pedras de sal. | 5 | 559 | 11/05/2009 - 21:41 | Portuguese | |
Poesia/Love | Meu jardim. | 3 | 536 | 11/04/2009 - 20:53 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Vadio andarilho. | 2 | 631 | 11/01/2009 - 12:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Preciso viver. | 2 | 581 | 08/22/2009 - 17:14 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | Dor que se preza vira poesia. | 2 | 561 | 08/16/2009 - 01:40 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Sensibilidade. | 2 | 662 | 08/14/2009 - 17:26 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Espelho das vaidades. | 1 | 565 | 08/14/2009 - 02:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Nuvem abstrata | 1 | 628 | 08/04/2009 - 02:48 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Tempo temporal | 2 | 646 | 07/29/2009 - 05:15 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Folhas azuis | 1 | 632 | 07/29/2009 - 05:08 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Fantoche | 3 | 483 | 07/22/2009 - 19:19 | Portuguese | |
Poesia/General | Último vagão. | 1 | 631 | 07/02/2009 - 20:41 | Portuguese | |
Poesia/General | O que passou já não me pertence. | 3 | 511 | 06/22/2009 - 20:17 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Rotina indesejada. | 2 | 640 | 06/05/2009 - 01:54 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | Intrépido poeta. | 4 | 517 | 06/02/2009 - 01:58 | Portuguese | |
Poesia/General | No palco da vida | 1 | 500 | 05/31/2009 - 21:20 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | O amor tem dessas coisas. | 1 | 467 | 05/29/2009 - 21:33 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Saga nordestina. | 1 | 581 | 05/20/2009 - 14:00 | Portuguese | |
Poesia/General | Atrás das paredes. | 1 | 668 | 05/17/2009 - 13:18 | Portuguese | |
Poesia/Poetrix | Não tenho cara de poeta. | 5 | 525 | 05/11/2009 - 13:17 | Portuguese | |
Poesia/General | Perguntas feitas pra Deus. | 3 | 654 | 05/02/2009 - 00:08 | Portuguese | |
Poesia/Love | Deste-me coragem. | 2 | 582 | 04/23/2009 - 00:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Que assim seja. | 3 | 611 | 04/12/2009 - 23:57 | Portuguese | |
Poesia/General | E se fossem anjos e deuses jogados ao chão? | 0 | 649 | 03/09/2009 - 02:50 | Portuguese |
- « first
- ‹ previous
- 1
- 2
- 3
- 4
Comments
Re: Desregrado e desafinado.
Brunorico,
O amor em suas formas, o amor em seus tons, o amor
Destaco:
É o amor que horas parece soar
Como uma bela canção,
Horas parece desafinado.
Belo poema como sempre o é.
Cecilia Iacona
Re: Desregrado e desafinado.
definiste o amor como:
"Como uma bela canção,
Horas parace desafinado."
Lindo!!!Gostei!!!
Varenka