Vara de condão

Deus, não queria apenas que me desses.
Riquezas materiais
Nem todo poder
Dos senhores de engenho
Dos tempos dos canaviais,
Eu queria que fizesse das minhas mãos
Uma forma de vara de condão
Para num simples toque dela
Transformar um sim num não.

É duro demais ver mos tantas coisas.
Acontecendo à nossa volta
E nada poder fazer para mudar
Aquilo que julgamos certo ou não,
E assim somos condenados
A viver mos do jeito que não gostamos,
De uma forma que não é correta,
Ao ruim nos acostumando,
Acelerando o franzir da testa,
Isso é inteiro desumano,
Aceitar é o que nos resta.